Trio Nordestino excursiona pelo Nordeste e recebe homenagens

Foto: Edinah Mary (AAN)
Com a agenda lotada de shows pelo Nordeste e concorrendo ao Prêmio Tim de Música, categoria regional, com o CD “Baú do Trio Nordestino 2”, a nova formação do grupo vem trabalhando para dar continuidade ao sucesso conseguido pelos fundadores, que sempre tiveram como compromisso o amor pelo legítimo forró pé-de-serra. Além disso, o Trio é o grande homenageado no V Fórum do Forró, realizado pela prefeitura de Aracaju.

 

Apesar de balançados com a morte de Coroné, o último integrante do trio original, em abril deste ano, permaneceu a vontade de continuar levantando essa “bandeira” através dos novos componentes: Luiz Mário, Beto de Sousa e Carlinhos, apelidado de Coroneto, por ser neto de Coroné. Ele já vinha acompanhando o trabalho do Trio Nordestino e sendo preparado pelo avô famoso para ingressar em seu lugar.

 

O Trio Nordestino será o homenageado do V Fórum de Forró de Aracaju, que acontecerá nos dias 1º a 3 de junho. O grupo foi escolhido pela grande importância que teve na divulgação, pelo Brasil e até internacionalmente, de um ritmo tão peculiar do Nordeste. Os integrantes do Trio participarão do evento e, durante três dias, vão debater com o público e palestrantes a trajetória musical do grupo.

 

CARREIRA – A história do Trio Nordestino confunde-se com a própria história do forró e com a garra de seu sustentáculo maior, o baiano zabumbeiro Coroné. Ele e o triangueiro Cobrinha já se conheciam de outro grupo, formado em 1957, e que foi desfeito. No ano seguinte, juntaram-se à Lindolfo Barbosa, o Lindú, sanfoneiro e cantor. Grupo pronto e com a formação tradicional praticamente decretada pelo sucesso do “mestre” Luiz Gonzaga, valorizando os instrumentos tradicionais do Nordeste, era hora de encontrar um nome forte.

Com o aval do “Rei do Baião” nascia o novo Trio Nordestino, que havia sido desfeito pelos seus primeiros integrantes, Dominguinhos, Zito Borborema e Miudinho. Gordurinha e Ângela Maria os apadrinharam na chegada ao Rio de Janeiro. O estouro foi com “Carta a Maceió”. O baião já estava em queda quando eles surgiram com “Chupando Gelo”, até chegar ao grande sucesso “Procurando Tú”.

 

A música foi executada em emissoras de rádios de diversos seguimentos e que rendeu a marca de mais de 1 milhão de cópias vendidas, além de um 2º lugar nas paradas de sucesso que tinham em Roberto Carlos o número um. Isso em 1970! Ousaram introduzindo no forró a bateria e uma segunda sanfona. E acertaram. Com o sucesso do Trio Nordestino, até Luiz Gonzaga, que vinha caindo, voltou a ser tocado nas principais emissoras de rádio do Brasil por toda a década.

As perdas entristeceram Coroné, que não se deixou abater, principalmente por um pacto feito em nome do forró. Em 1982, Lindú e, em 1994, Cobrinha. Mas “o nordestino é acima de tudo um forte”. Genário foi para o lugar de Lindú e deixou a vaga, em 1990, para o jovem carioca Beto Souza. O baiano Luiz Mário, filho de Lindú, pegou o triângulo “arretado” de Cobrinha e mostrou que também tem gogó para segurar a barra.

SHOWS – Atualmente, Luiz, Beto e Coroneto  excursionam pelo Nordeste. Em junho, o Trio continuará passando por várias cidades da região, que vão servir de palco para a caminhada de um “jovem” grupo, que começou a trilhar sua carreira há mais de 50 anos, porém, por intermédio dos novos componentes, continua fiel aos ideais daqueles nordestinos que abandonaram suas cidades e foram tentar a sorte grande no Sudeste.

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