Vamoz é Recife no Punka

Marcelo Gomão desenvolve softwares, Henrique Muller estuda Engenharia Eletrônica, e Pedro Henrique é dono de uma fábrica de telhas. Em um belo dia do mês de dezembro de 2002, essas três pessoas que possuíam uma vida “normal”, decidiram se juntam para tocar. “Foi um início clássico, a gente só deu a sorte de estar sem banda na mesma época”, declara Gomão. Nas guitarras e nos vocais, ele e Muller se unem ao baterista Pedro e fazem hoje o som da Vamoz.

“Nosso som é uma mistura dos anos 60, 70 (algumas coisas) e 90. Vai de Neil Young a Sonic Youth. Mas o que mais pesa é o básico mesmo, Beatles, Rolling Stones, só que com uma distorção dos infernos e bem rápido”, diz Gomão. Segundo ele, o que a banda traz dos anos 90 é influência de uma experiência vivida pelos três. “Aprendemos a tocar ouvindo o Pixies, o Sonic Youth”, afirma.

Pois é, nada de maracatu, samba de coco ou de crioulo. A Vamoz é de Recife, berço das bandas influenciadas pela cultura popular, mas tem é muito rock na veia. De acordo com Gomão, o espaço para quem faz um som mais “pesado” está crescendo. “As bandas que tocam rock têm lançado bons discos, e esses discos têm feito público, aberto espaço e trazido visibilidade para esse som produzido por aqui”, conta.

A banda já tem um disco lançado, o “To the Gig on the Road”, com oito músicas, em 30 minutos de puro rock. “Estamos trabalhando agora as músicas do novo disco, que deverá ter 10 faixas. Pretendemos gravar ainda esse ano e lançar logo após o carnaval de 2005”, revela Gomão.

A Vamoz promete adiantar para o público sergipano algumas músicas novas já no Punka. “O Punka é um evento respeitado e que gera um interesse muito grande de todo mundo que faz música independente no Nordeste e no Brasil. Então, é rock!” A Vamoz se apresenta no dia 23 de outubro, sábado, no Punka, um dos maiores festivais de música independente do país. Vale a pena conferir.

Por Najara Lima