Acese move ação contra eleição no Sebrae

Dirigentes da Acese lamentam destituição do conseleheiro do Senac
A Associação Comercial de Sergipe(Acese), vai entrar nos próximos dias com uma ação na Justiça Comum, visando uma decisão para o processo eleitoral no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas(Sebrae), em Sergipe. O anúncio foi feito durante coletiva à imprensa na tarde desta segunda-feira, 17, na sede da associação. A depender da Justiça, pode haver nova eleição.

Na ocasião, o presidente da Acese, Lauro Vasconcelos, esclareceu que apesar de estar parecendo uma eleição tranqüila, um fato considerado grave, foi registrado.  “No final da tarde de ontem, os representantes da Federação do Comércio(Fecomércio), convocaram uma reunião e destituíram do cargo, o conselheiro do Serviço Nacional do Comércio(Senac), Hugo França”, informa.

Ele disse ainda, que ao chegar à votação desta segunda, 17, na sede do Sebrae, Hugo França apresentou um documento mostrando a legitimidade em participar do pleito,  mas o então presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Gilson Figueredo, não aceitou, o afastando da votação e concedendo o direito a voto, ao vice-presidente do Senac, Marcelo Oliveira.

“Gilson usou de arbitrariedade pedindo que Hugo se afastasse da mesa e desse lugar ao vice. A votação foi suspensa por três vezes. Quero deixar claro que não existe guerra, nem divisão entre os setores empresariais, mas se Gilson participou da reunião do Fecomércio no domingo, deveria ter se colocado neutro”, acredita Lauro Vasconcelos, enfatizando que diante do ocorrido, a Acese está avaliando juridicamente se a eleição pode ser considerada legítima.

“Reunião esdrúxula”

Para o vice-presidente da Acese, Manoel Vasconcelos, foi feita uma “reunião esdrúxula na Federação do Comércio, para destituir em pleno domingo, o presidente do Senac do cargo.  E o pior, é que são duas entidades independentes, cada uma tem o seu conselho próprio e a sua independência”.

Coletiva na sede da Acese
Processo Inválido

O candidato Laércio Oliveira disse lamentar profundamente, que se tenham marcado uma reunião no início de uma noite do domingo que antecede as eleições para destituir um conselheiro do cargo.  “Eu aceito derrotas, mas desde que se perca com legitimidade. Domingo é dia de ir à missa e não se convocar uma reunião como essa. O pior, é que o representante legítimo do Senac entregou documento ratificando que é conselheiro, mas não foi aceito”, lamenta.

Quanto ao voto do representante do Conselho Nacional do Sebrae, Laércio Oliveira, que perdeu o pleito por apenas dois votos, afirmou que num tipo de votação como o de hoje no Sebrae, o representante nacional vota a favor da maioria. “Aqui no nosso caso, ele se absteve. Por que será?”, indaga Laércio Oliveira.

Votação

O Conselho Deliberativo do Sebrae é composto por 15 membros, sendo três do Governo(Banese, ITPS e Sedetec), um do Banco do Brasil, um da Caixa Econômica Federal e um do Sebrae Nacional.  Os restantes são das federações, a exemplo do Senac, Associação Comercial, Iel, Senar.  Foram computados oito votos para Zezinho Guimarães, seis para Laércio Oliveira e uma abstenção.

Por Aldaci de Souza

 

 

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