O comunicado conjunto de Brasil e México afirma que o acordo terá “cobertura integral”, o que significa que, apesar da ressalva para produtos “sensíveis”, as negociações tratarão de todos os setores industriais e agrícolas dos dois países. As equipes negociadoras devem se reunir no início de 2011 para iniciar as discussões sobre o formato final do acordo.

As negociações seguirão os termos de referência acertados entre técnicos dos dois governos em maio, que preveem, por exemplo, que a discussão sobre comércio e serviço deve permitir o acesso real aos mercados, onde atenda de maneira ágil e eficaz os exatos problemas e as barreiras não-tarifárias.

O México é o único país com o qual o Brasil pode negociar isoladamente um acordo de livre comércio, sem necessidade de participação dos sócios no Mercosul, graças a um acordo-quadro firmado entre os mexicanos e os países do bloco.

O acordo a ser firmado terá uma lista de setores considerados vulneráveis, que terão tratamento diferenciado, sem liberação, pelo menos em médio prazo, do comércio. Também foi estabelecido que todos os pontos do acordo só entrarão em vigor simultaneamente, quando todas as questões tiverem sido discutidas e acertadas.

Essa nova relação bilateral pode favorecer Sergipe. Isso porque quando comparamos o acumulado de exportações de Sergipe para o México este ano com o ano passado, observa-se que se registrou um crescimento de 227% entre os dois anos, se até outubro do ano passado, o Estado exportou pouco mais de US$ 160 mil, no corrente ano, esse valor já ultrapassa US$ 525 mil.

Assim, o novo mercado pode ajudar o estado a alcançar o superávit comercial em sua balança comercial, tendo em vista que isso só ocorreu em 2007, se analisarmos os últimos 13 anos de nossa balança comercial, que tem como característica mais presente, o déficit comercial.