Agricultores poderão contar com selo de identificação

Sergipe é o terceiro estado a receber essa oficina

Os agricultores familiares em Sergipe poderão contar com um selo que identificará a origem de seus produtos para o consumidor final. Para tratar sobre o assunto, o Sebrae/SE, em parceria com a Delegacia Federal da Sead em Sergipe (DFDA/SE), reuniu associações, cooperativas, sindicatos de produtores rurais, além de técnicos, para discutir sobre os benefícios do Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf).

Durante a oficina, foram apresentados os procedimentos para a solicitação do selo, além de outros temas relacionados ao fortalecimento da agricultura familiar no Estado. Sergipe é o terceiro estado a receber essa oficina, denominada de Clínica de Assessoria e que já passou pelo Rio de Janeiro e Amazonas.

Segundo a coordenadora do Sipaf na Secretaria Especial da Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (Sead), Simone Barreto, a agricultura familiar é um setor que produz grande parte dos produtos que chegam à mesa dos consumidores. Com o selo, será possível identificar as mercadorias produzidas pela agricultura familiar e que atendem aos valores da sustentabilidade exigidos por aqueles quem consomem.

“Quando o consumidor prefere um produto da agricultura familiar no momento de sua compra, ele também está fortalecendo o campo, minimizando os problemas sociais que as grandes cidades enfrentam, principalmente com as migrações do campo, e acaba mantendo a cultura alimentar. Esse selo vem para levar o conhecimento da agricultura familiar para a sociedade e tornar mais competitivo os produtos desse setor num mercado que está cada vez mais globalizado”, explica Simone.

O Sipaf pode ser utilizado por agricultores familiares (pessoas físicas) que possuam a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP); cooperativas ou associações de agricultores familiares que tenham ou não o DAP; além de empresas que detenham produtos com participação relevante da agricultura familiar.

“Esse selo é muito importante para divulgar o produto da agricultura familiar nos mercados consumidores ou via compras institucionais do governo e dizer que aquele produto veio da agricultura familiar”, afirma o delegado estadual do Sead em Sergipe, Haroldo Araújo Filho.

Benefícios

Para os produtores rurais, o selo da agricultura familiar funciona como um instrumento de agregação de valor aos produtos do setor e assegura que os consumidores possam saber a origem dos produtos que estão adquirindo. Em Sergipe, de acordo com dados do Sebrae, há cerca de 25 mil agricultores familiares. 

Segundo o analista da Unidade de Agronegócio do Sebrae, Ramalho Chagas, a instituição vem promovendo assessorias, consultorias e outros capacitações para a adequação dos produtos dos agricultores familiares para o consumidor final, no que se refere a logotipos, ficha técnica, boas práticas na produção, dentre outros.

“Esse selo traz um apelo social para promover o desenvolvimento local e sustentável, bem como possibilitar que o consumidor tenha o poder de escolha por um produto mais limpo, agroecológico, orgânico e que vem desse grupo de agricultores do estado”, esclarece Ramalho.

O deputado federal Laércio Oliveira, que prestigiou o evento, afirma que o selo é uma oportunidade de fortalecer a agricultura familiar em Sergipe. “Muitos produtos oferecidos para a sociedade não passam por controle de qualidade e, assim, são ofertados sem linha de produção, sem higiene adequada para garantir a saúde e segurança dos cidadãos. Essa iniciativa qualificará aqueles que produzem na sua própria terra e que colocam à disposição do mercado”, observa o deputado.

Visibilidade

Para Luiz Carlos da Lapa, gerente administrativo da Cooperativa dos Produtores de Farinha de Mandioca (Coofama), no município de Campo do Brito, o Sipaf dará ainda mais visibilidade aos produtos da entidade. “Nossa cooperativa possui 52 cooperados, alcançando mais de 50 famílias. O selo mostrará para o comprador que os nossos produtos são produzidos com amor, respeitando o meio ambiente e valorizando o gosto do cliente”, diz.

De acordo com o superintendente do Sebrae/SE, Emanoel Sobral, a adesão ao selo traz um diferencial competitivo para os agricultores. “Este selo identifica e demonstra a qualidade do produto, fornecido pela agricultura familiar. Isso tem uma importância enorme, tanto para os agricultores quanto para a sociedade que vai estar consumindo um produto de qualidade”, afirma o superintendente.

Na oficina também estiveram presentes, representantes da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), da A Embrapa Tabuleiros Costeiros, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), do Instituto Federal de Sergipe (IFS), de Organizações Não Governamentais (ONG’s) dentre outros parceiros.

Fonte e foto: Sebrae

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