Alta da Selic: população terá mais dificuldades de tomar crédito

O BC decidiu aumentar a taxa para 2.75% ao ano (Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)

Como era previsto, o Banco Central pôs fim a série de redução na taxa e elevou a taxa Selic. Desde 2015 isso não ocorria. O BC decidiu aumentar a taxa para 2.75% ao ano. A primeira alta em quase 6 anos, e, com a sinalização de que ainda podem ocorrer novas mudanças, com mais elevações. Para o consultor financeiro, Marcio Souza, a taxa deve ir para acima de 5%. “Acredito que vamos encerrar o ano com uma Selic igual ou até mesmo acima de 5% a.a.”, pontua.

Apesar do cenário ser típico de taxas baixas, o Banco Central entende que essa mudança foi necessária para coibir as altas constantes na inflação. De acordo com Marcio, o comum é a alta na inflação em momentos de economia superaquecida.

“Contudo, com o cenário criado devido a pandemia, o dito “normal” não vale. Vivemos um cenário de alto desemprego e economia fria, mas com perspectivas de uma inflação acima do esperado. Há também uma preocupação com a curva de juros do país, que vem subindo com o risco do possível aumento da inadimplência dos brasileiros. Isso pode ocorrer com a soma do fim do auxílio emergencial, fim das carências nos empréstimos, alto desemprego e, os bancos que devem fechar os cofres dificultando o acesso a crédito para boa parte da população”, revela o consultor financeiro.

Dificuldades de crédito

Marcio Souza afirma que “com a elevação da taxa básica, empresas e população em geral tendem a ter mais dificuldades de tomar crédito. Isso resulta em menos investimentos no crescimento econômico do país. As empresas que têm dívidas também irão pagar mais caro, o que dificulta a vida dos empresários que já sofrem a mais de 12 meses os efeitos da pandemia”, alerta.

Segundo o consultor financeiro, caso esse cenário se concretize, “a população, em sua maioria, sentirá o efeito da elevação do juro na diminuição das vagas de empregos, dificuldade de acesso a crédito”.

Melhor momento para empréstimo?

Marcio conta que para quem já tem empréstimos e financiamentos, nada deve mudar. Já para novas contratações, o cenário é diferente: “Devemos ver os bancos dificultando as aprovações de novos contratos. E se a SELIC seguir subindo, com certeza teremos altas nas taxas de empréstimos e financiamentos de todos os setores, inclusive o imobiliário, que viveu meses de taxas bem atrativas”, reforça.

Para finalizar, o consultor financeiro explica que as reduções da taxa Selic em 2020 buscavam uma forma de amparar a economia local que sangrava. Para Marcio, o BC fez o que devia ser feito e diversos setores se beneficiaram com o crédito mais barato.

Segundo Marcio, o que ninguém esperava é que após um ano, teríamos um cenário ainda de caos. “Então devemos nos preparar para momentos difíceis. Ainda há muita incerteza com o amanhã na economia, política e no controle do vírus da covid-19. Esse combo de incertezas nos remete aos conceitos básicos de educação financeira, devemos nos controlar e gastar apenas o necessário, evitar grandes investimentos e buscar criar novas formas de renda, principalmente para quem tem apenas um salário para sustentar seu lar. E você desenvolver uma nova atividade e trazer mais dinheiro para casa, você estará criando sua defesa contra está crise, que não sabemos quando vai ter fim”, aconselha.

Fonte: Idealiza Assessoria e Mkt

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