Alta do juro é duro golpe para cidadão brasileiro, diz CNDL

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) lamenta a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros para 12,50% no ano, e reitera que ao tentar esfriar a economia e o crescimento interno os diretores do Banco Central acabaram por desferir um duro golpe no bolso do cidadão comum, que terá de arcar com custos ainda maiores em financiamentos além de conviver com os juros reais mais altos do mundo.

Conforme avaliação presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, ao decidir elevar pela quinta vez consecutiva os juros básicos, os diretores do Banco Central demonstraram ter pouca fé nas informações que tinham à mão, e que apontam para a perda de força da inflação, o principal motivo de elevação da Selic. “Ainda pela manhã, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já havia divulgado que o IPCA-15 de julho havia recuado para o menor patamar desde agosto de 2010. A cautela foi desmedida”, disse.

O presidente da CNDL também avalia que os ajustes na política monetária têm provocado efeitos colaterais na taxa de câmbio, com o dólar recuando frente ao real para a menor patamar desde 1999, em função da maior atratividade para o capital especulativo. “Como resultado, no ano, o fluxo cambial, que mede as entradas e saídas de recursos do País, já é praticamente o dobro do de 2010”, avalia Pellizzaro.

Os indicadores econômicos também apontam para cenário de preocupação com a indústria nacional, cada vez mais dependente dos preços cobrados pelas commodities brasileiras, que correspondem a 71% das exportações do País, segundo dados divulgados esta quarta-feira pela Associação de Comércio Exterior (AEB). “Mais juros significa investimentos mais caros, e a principal consequência disso é a perda de competitividade. Mas o pior talvez seja o impacto dessas medidas no emprego, que logo, logo poderão colocar o crescimento econômico em compasso de espera”, diz o presidente da CNDL.

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