Alta inadimplência pode prejudicar a economia

(Foto: Arquivo Portal Infonet)

O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, informou hoje,14, que os altos índices de inadimplência podem atrapalhar a retomada do crescimento da economia em 2016. “Uma única variável sempre tem efeitos sobre as demais. Com a inadimplência não é diferente”, explicou.

A CNDL e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apresentaram hoje os indicadores de inadimplência do consumidor. No acumulado do primeiro semestre deste ano, o número de devedores cresceu 4,6% em relação ao primeiro semestre de 2014. Os dados do balanço indicam que esse é o pior resultado semestral dos últimos três anos. No primeiro semestre do ano passado, a inadimplência chegou a 3,53%. Em 2013, alcançou 2,83%.

O volume de dívidas em atraso também aumentou nesses períodos. No primeiro semestre de 2013, cresceu 2,12%. No mesmo período de 2014, o volume subiu para 4,07%. Em 2015, nova alta de 6,65%. No balanço semestral, a CNDL destacou o avanço das dívidas de até 90 dias (alta de 19,30%) e entre 91 e 180 dias (alta de 24,74%).

A quantidade de dívidas cresceu mais nos setores de água e luz (11,83%) e de bancos (11,26%) O setor de comunicações apresentou queda de 3,58% no primeiro semestre deste ano. Economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti avaliou como importante a aceleração das dívidas em atraso. “É um número ruim, mas enseja ajustes da população. Algumas mudanças de atitudes podem melhorar o cenário”, explicou. Segundo ela, como as famílias têm dificuldade para pagamento das contas básicas e das dívidas financeiras, acabam optando por uma.

Para o SPC Brasil, em junho deste ano 56,5 milhões de consumidores constavam de cadastros de devedores inadimplentes. Na comparação com 2014, a quantidade de consumidores com contas a pagar em junho aumentou 4,52%.

Na comparação anual, analisando os dados por faixa etária, a CNDL registrou queda de 8,75% entre endividados de 18 a 24 anos. Na comparação a junho de 2014, os devedores da faixa etária de 50 a 64 anos aumentaram 7,67% em junho deste ano. No mesmo período comparado, os aumentos alcançaram 8,31% na faixa de 65 a 84 anos e 9,07% para devedores entre 85 e 94 anos.

Com informações da Agência Brasil

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