Em pleno ano eleitoral, o Banco Central anunciou ontem o que todos já esperavam: uma elevação maior da taxa Selic, em 0,75%, guindando os juros ao patamar de 9,5%, a mais alta taxa do mundo.
Os juros são usados como instrumento de política monetária para conter a inflação. Nesse nível, as prestações ficam mais caras e as pessoas compram menos, o que restringe o aumento dos preços. Por outro lado, as aplicações financeiras são mais bem remuneradas, sinalizando positivamente a investidores brasileiros e também para os estrangeiros que procuram o país.
Para as empresas, principalmente as industrias, que necessitam de crédito para expandir e incrementar sua produção, a alta de juros é prejudicial, pois breca o emprego, gerando um clima de forte cautela.
Comentando a decisão do Copom, o presidente da Federação das Indústrias, Eduardo Prado, comentou a observação do presidente do Banco Central, Henrique Meireles, feita antes da reunião do Comitê de
Política Monetária, segundo o qual a alta de juros não fará a economia “capotar”. Para o empresário, basta um solavanco mais forte, ou uma freada brusca para danificar o veículo, mesmo que ele não capote.
Eduardo entende que a decisão manterá a inflação dentro da meta prevista pelo governo, mas terá impacto negativo na produção. Para ele a indústria não exerce pressão inflacionária e o seu crescimento recente representa um avanço gradual na plataforma de ociosidade criada pela crise econômica recente. “A crise econômica foi amenizada, mas não se exauriu e maior uso da capacidade instalada das empresas é indispensável para dinamizar os investimentos na indústria e gerar empregos. Com essa alta dos juros, há um esmorecimento que precisa ser contornado,” disse.
Fonte: Ascom FIES
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