Após paralisação de 48h, Fisco avalia greve por tempo indeterminado

Auditores fiscais iniciaram nesta quarta-feira, 6, uma paralisação de 48h em sinal de protesto pela demora do Governo de Sergipe para enviar o Projeto de Lei (PL) da Carreira Única da categoria à Assembleia Legislativa (Alese). Segundo o Sindicado do Fisco em Sergipe (Sindifisco), os servidores estão com sentimento de que foram “esquecidos” pela administração estadual.

“Em ao menos duas oportunidades em dezembro do ano passado o Governo destacou que iria fazer essa unificação da carreira. Mas já estamos na metade deste ano e até agora nenhum passo foi dado”, lamenta José Antônio dos Santos, presidente do Sindifisco.

Com a paralisação, algumas atividades foram suspensas, a exemplo dos serviços de fiscalização, gerências de tributação, e o atendimento ao público em geral.

Para o sindicalista, o sentimento atual é de frustação, já que a categoria priorizou a pauta de unificação da carreira em detrimento de ganho salarial, mas foi deixado de lado. “Outras categorias do serviço público estadual tiveram avanços, que amenizaram as perdas salariais depois de 10 anos de congelamento salarial e o governo concedeu dinheiro extra a outros poderes. Já o Fisco que trabalha para arrecadar recursos para todos foi escanteado na sua pauta principal a qual não tem repercussão salarial”, explica José Antônio.

O presidente do Sindifisco ressalta ainda que se não houver avanços na pauta de negociações uma greve por tempo indeterminado não está totalmente descartada. “A categoria irá se reunir em uma assembleia na tarde da segunda, dia 11. E uma greve por tempo indeterminado é um cenário que no momento se apresenta como muito provável. A categoria está decepcionada com o Governo de Sergipe”, avalia.

O Portal Infonet entrou em contato com o Governo de Sergipe. Mas até a publicação não recebemos resposta. Estamos à disposição através do e-mail jornalismo@infonet.com.br.

por João Paulo Schneider