Aracaju pode ficar sem réveillon e sem decoração

Edvaldo Nogueira: queda de receita compromete réveillon e decoração natalina (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

Neste ano, Aracaju pode ficar sem decoração natalina e também sem réveillon, a festa de confraternização promovida pela Prefeitura Municipal de Aracaju com apresentação de grandes shows na Praia de Atalaia. Em entrevista concedida no final da manhã desta quarta-feira, 21, no Centro Administrativo, o prefeito Edvaldo Nogueira admitiu dificuldades financeiras e revelou que a crise pode dificultar a contratação de artistas e também a tradicional ornamentação de natal da cidade.

Segundo Nogueira, a PMA está analisando a situação financeira para finalmente se posicionar quanto à festa da Praia de Atalaia. E adiantou que a decoração natalina será bem inferior ao brilho que a PMA costumou colocar nos últimos anos. A decoração natalina será restrita, segundo o prefeito, ao Parque da Sementeira.

O empresário Samuel Schuster, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), sugeriu alternativas a partir de parcerias com grupos privados de grande porte para evitar prejuízos na decoração do Centro comercial, mas o prefeito alertou que já buscou entendimentos com grandes empresas e não conseguiu êxito. Segundo o prefeito, a PMA conseguiu firmar parceria apenas com o Banese e com a Energisa, o que viabilizará a decoração do Parque da Sementeira.

O prefeito explicou que a dificuldade financeira da Prefeitura vem encontrando é consequência dos cortes promovidos pelo Governo Federal, que implicaram redução nos repasses dos recursos oriundos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O prefeito avalia que ocorreu redução de cerca de R$ 30 milhões do FPM nos últimos quatro meses e não descarta novos cortes neste mês de novembro, o que poderá, na sua ótica, trazer reflexos negativos nas finanças da PMA neste fim de ano.

Os cortes, segundo o prefeito, foram provocados pelos benefícios concedidos pelo Governo Federal à indústria com a isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Para Edvaldo Nogueira, os incentivos fiscais são necessários, mas o Governo Federal deveria utilizar mecanismos diferentes, cortando a fatia dos cofres federais para não penalizar os estados e municípios.

Por Cássia Santana

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