Aracaju tem cesta básica mais barata do país

Cesta básica em Aracaju é a menor do país, segundo Dieese
Desde maio, na maioria das capitais onde é realizada mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) vem registrando predomínio do número de localidades com redução no custo do conjunto de produtos alimentícios essenciais. Em julho, 16 das 17 cidades pesquisadas apresentaram queda, com destaque para Rio de Janeiro (-6,60%), Belo Horizonte (- 5,86%) e para as capitais do Sul do país: Curitiba (-4,86%), Florianópolis (-4,75%) e Porto Alegre (-4,22%). Apenas em Belém (0,05%) houve pequena variação positiva.

A exemplo do que ocorreu em junho, também em julho a capital com o maior custo para os produtos alimentícios essenciais foi São Paulo, onde a cesta básica custou R$ 239,38. Porto Alegre registrou o segundo maior valor (R$ 237,67) e Manaus o terceiro (R$ 233,00). As cestas mais baratas foram encontradas em Aracaju (R$ 181,04), Fortaleza (R$ 181,73) e João Pessoa (R$ 191,17).

Com base no maior custo verificado para a cesta básica, e levando em conta a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em julho, o mais baixo salário pago no país deveria ser de R$ 2.011,03, o que corresponde a 3,94 vezes o mínimo em vigor, de R$ 510,00. Estes valores são menores que os apurados para junho, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.092,36 (4,10 vezes o piso em vigor). Em julho de 2009, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 1.994,82, ou 4,29 vezes o mínimo então em vigor, de R$ 465.

Aracaju

A capital sergipana teve, em julho, o menor custo para o conjunto de produtos alimentícios essenciais, cujo valor chegou a R$ 181,04. Em comparação com junho, houve queda de 1,70%; neste ano, os gêneros básicos subiram 7,01%, enquanto em relação a julho do ano passado a variação acumulada é de 4,36%.

Seis dos 12 produtos pesquisados em Aracaju registraram redução em seu preço, em julho. Açúcar (-26,03%) e Tomate (-5,77%) tiveram as maiores quedas. Carne (-2,16%), pão (-1,71%), óleo (-0,87%), café (-0,82%), completam a lista dos itens cujos preços caíram. Altas foram apuradas para o feijão (6,78%), arroz (6,65%), farinha (2,16%), e a banana (0,48%).

Na comparação com julho de 2009, cinco produtos apresentaram queda em seus preços: óleo (-10,24%), farinha (-5,97%), banana (-4,25%), açúcar (-4,14%) e manteiga (-1,32%). Seis itens tiveram elevação no período, caso do feijão (52,15%), tomate (10,73%), carne (3,36%), leite (2,47%), café (1,67%), e o arroz (1,15%).

A aquisição dos produtos essenciais requereu, em julho, do trabalhador sergipano remunerado pelo salário mínimo (R$ 510,00) o cumprimento de uma jornada de 103 horas e 16 minutos. Em junho, a mesma compra demandava a realização de 78 horas e 06 minutos. Em julho de 2009, a aquisição comprometia 82 horas e 04 minutos. 

Também quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido – após o desconto da parcela referente à Previdência Social – verifica-se a mesma situação: em julho deste ano, a compra da cesta representava 38,58% do valor recebido pelo trabalhador, enquanto em junho eram necessários 39,25% e em julho de 2009 o comprometimento correspondia a 40,55%. 

Fonte: Dieese

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