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Com suas lojas fechadas e os negócios pausados, artesãos que sobrevivem do trabalho que realizam na região do mercado de Aracaju contestam o retorno de setores específicos presentes na retomada econômica. Os comerciantes pedem um retorno do poder público e afirmam que não possuem condições de esperar o turismo se reerguer para que as vendas sejam retomadas.
O artesão Gilton dos Santos tem utilizado seu carro como alternativa para não ficar totalmente sem renda. Dono de uma loja no mercado municipal, o trabalhador colocou alguns produtos locais no veículo e realiza as vendas em ambiente externo. “Eu saio 4h30 da manhã para estacionar o carro e fico até 16h frente ao mercado do artesanato. Antes da pandemia eu tinha oito funcionários e já dispensei três, mas tenho fornecedores que dependem de mim para sobreviver”, conta.
Para ele, é preciso que o poder público retomes as atividades com cautela, de modo que os artesãos possam reorganizar suas vidas cumprindo as medidas de prevenção. “A situação dos artesãos e dos donos de lojas do mercado é crítica. Estamos numa das crises mais afetadas no mundo e se não tentarem reabrir o comércio a falência sobre o turismo será total”, afirma o comerciante.
Também proprietária de uma loja de artesanato e vivendo a mesma situação que Gilton, Maria Minéa Pereira Silva afirma que o descaso por parte do poder público aumenta a insegurança dos comerciantes. “Já somam quatro meses de lojas fechadas e em nenhum momento houve algum comunicado por alguma pessoa ou órgão responsável sobre possível medida protetiva ou parecer de ajuda a esses comerciantes que acumulam dívidas tanto da loja, quanto pessoais”, diz ela.
Ela acrescenta que o retorno que é dado para outros setores é diferente dos que os artesãos recebem, o que torna a situação ainda mais preocupante e incerta. “Quando se trata do turismo do Estado, percebemos que o setor hoteleiro é sempre lembrado, mas esquecem desses microempreendedores”, afirma.
De acordo com o secretário municipal da Indústria, Comércio e Turismo de Aracaju, Marlysson Magalhães, já estão sendo agendadas reuniões com os segmentos da cadeia do turismo para preparar a retomada das atividades. “ Vamos fazer capacitações para falar sobre os protocolos de segurança previstos no Selo Turismo Responsável, do Ministério do Turismo, coordenado em Sergipe pela Setur, para quando houver a liberação das atividades todos estejam preparados para receber os turistas com segurança”, afirma.
O secretário ressalta que já foi realizada uma reunião com os empresários de embarcações e barqueiros e, posteriormente, será a vez dos artesãos. “Vamos agendar encontro com os guias de turismo, donos de restaurantes e também os artesãos para montar a programação de capacitação e cadastramento no Cadastur para que todos possam obter o Selo Turismo Responsável”, diz Marlysson Magalhães.
por Juliana Melo e Ícaro Novaes
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