Feira está instalada no centro (Fotos: Portal Infonet) |
Quem já foi ou costuma frequentar as feiras de bairro sabe muito bem que esses ambientes são carregados de tradição. A origem dos alimentos que nestes locais estão à venda são os mais distintos, e nem sempre aqueles que plantaram, cultivaram e colheram os produtos são os mesmos que vão às barracas da feira para vendê-los. Mas essa lógica não está presente na feira iniciada nesta segunda-feira, 12, na praça Fausto Cardoso, centro de Aracaju. Organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Feira da Reforma Agrária teve início hoje e fica até a próxima quinta-feira, 15, reunindo alimentos produzidos por assentados de diversos municípios Sergipanos.
Uma das principais diferenças da feira desse pessoal do campo, de acordo com a organização, é a oferta de produtos sem agrotóxicos. “A maioria dos produtos aqui tem por base de plantio a agroecologia. Tem sido comum no campo essa transição para a agricultura orgânica, autossustentável e ecologicamente correta. É uma maneira do consumidor também sair do convencional”, explicou Gileno Damacena, coordenador geral do MST/SE.
Luiz, assentado de Itaporanga, diz que produtos estão livres de agrotóxicos |
Mamão, laranja, maracujá, macaxeira, inhame, feijão do tipo andu são alguns dos produtos fartos nas barracas de feiras ocupadas pelos agricultores. E a cada barraca, uma origem diferente. Estância, Lagarto, São Domingos, Laranjeiras, Simão Dias, Itaporanga entre outros. Deste último município, veio o senhor Luis Fontes. Produtor agroecológico, o assentado deu suas credenciais: “Não trabalhamos com drogas nos alimentos. Nossa intenção é trazer algo de qualidade e mostrar para vocês da cidade que nosso produto é bom”.
Luiz comentou ainda que os assentados normalmente colhem o suficiente para suas famílias e ainda resta uma quantia para venda, desta forma, uma maneira de ajudar no orçamento familiar. “Não adianta investir, trabalhar muito e não conseguir vender tudo. É uma luta salgada mas que no fim tem sabor de mel”, brinca o agricultor.
Para quem compra, a vantagem é outra. “A gente vê que são pessoas que entendem dos alimentos. Eu particularmente gosto dessas feiras do campo porque é uma forma de evitar os alimentos com química”, contou Crizelda, que acabou levando para casa uma abóbora. A feira permanecerá até a próxima quinta-feira, 15, e possui também barracas com tecidos, produtos feitos com madeiras e outros artesanatos em geral.
Diversos produtos estão à venda |
Por Ícaro Novaes e Raquel Almeida
Crizelda durante compra da sua abóbora |
Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B