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O ato acontece nesta sexta-feira, 19, em frente a Sefaz (Foto: Portal Infonet) |
Os auditores fiscais de Sergipe fazem uma manifestação, nesta sexta-feira, 19, em frente à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), em protesto contra as perdas salariais da categoria. O ato acontece em alusão aos Dias do Auditor Fiscal, celebrado no dia 18 de janeiro, e do aposentado, dia 20.
Apesar de acontecer em referência à data, de acordo com o diretor de imprensa do Sindicato dos Auditores Fiscais de Sergipe (Sindifisco), Abílio Castanheiro, não há o que ser comemorado. "Estamos há quatro anos consecutivos sem reposição salarial. É extremamente difícil também a situação dos aposentados, que ainda não receberam a segunda parcela do seu salário. É para alertar também a população de que esse papo de que o Governo não tem dinheiro é papo furado. Acabaram com o Funprev e já estão parcelando salários dos aposentados. Para onde foi o dinheiro?", questionou Abílio Castanheiro.
Outra pauta que consta na reivindicação do Sindifisco é o recebimento de uma gratificação de incremento à arrecadação. É uma forma, na visão da categoria, de estimular tanto o trabalho dos auditores quanto de forçar os gestores a adotar uma política tributária que venha, de fato, aumentar a arrecadação.
Sefaz
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Sefaz ressaltou que a instituição vem se reunindo com a categoria para avaliar e discutir o acordo salarial. O assessor Helber Andrade voltou a afirmar que a questão da crise nacional, a queda na arrecadação do Estado, principalmente no FPE, e o aumento das despesas na Previdência vem dificultando ao Governo se comprometer em reajustar o salário dos servidores. “E por Justiça, o Estado precisa avaliar o reajuste como um todo, pois são vários pleitos e categorias reivindicando o reajuste”, comenta.
Quanto a criar mais uma gratificação, o assessor explicou que na prática pode não funcionar, e o que a Secretaria vem procurando fazer é suprir a demanda no serviço e na estruturação da instituição, a exemplo do fechamento dos postos e criação de equipes de fiscalização móvel.
Ao ser questionado do motivo do Estado ter dinheiro para fazer concursos, mesmo estando atrasando o salário do servidor, Helber Andrade informa que não estão sendo criadas novas vagas, e que os aprovados nos concursos irão preencher vagas que foram desocupadas por servidores que faleceram ou se aposentaram.
Por Victor Siqueira