Aumento de 2,03% dos alimentos em Aracaju

(Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os preços do conjunto de produtos alimentícios essenciais mantiveram, em março, tendência de queda. Variações negativas foram apuradas em 11 das 17 cidades onde o Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza mensalmente a pesquisa nacional da cesta básica. As principais retrações ocorreram em Goiânia (-6,73%), Vitória (-2,60%), Rio de Janeiro (-2,55%) e Porto Alegre (-2,01%).

Os aumentos foram registrados em capitais do nordeste e norte do país: Salvador (3,60%), Aracaju (2,03%), Manaus (1,77%), Recife (1,68%), João Pessoa (0,89%) e Natal (0,36%).

Mesmo com recuo de 1,19% no custo dos gêneros de primeira necessidade em São Paulo, a cesta básica da capital paulista continuou a ser a mais cara, em março, com  valor de R$ 273,25, ainda bem mais alta que nas demais localidades: Porto Alegre (R$ 264,19), Belo Horizonte (R$ 260,93) e Vitória (R$ 260,23). Aracaju (R$ 192,41), apesar do aumento no mês, continuou a apresentar o menor custo, seguido por Fortaleza (R$ 211,39), única cidade do nordeste onde houve retração no preço da cesta.

(Foto: divulgação)

Variações acumuladas

Após dois meses nos quais o custo da cesta predominantemente caiu, nove capitais registram, entre janeiro e março, variação acumulada negativa, com destaque para Vitória (-5,50%), Goiânia (-5,09%) e Porto Alegre (-4,58%). Dentre as oito localidades onde o preço da cesta subiu, os destaques foram para localidades nordestinas: Aracaju (5,59%), João Pessoa (5,06%), Recife (3,29%) e Natal (3,13%).

Em doze meses – entre abril de 2011 e março último – 11 capitais tiveram aumento no custo da cesta, com as maiores elevações apuradas em Recife (6,35%), Belém (5,29%), João pessoa (5,20%) e Belo Horizonte (4,89%). Seis capitais apresentaram variação acumulada negativa, com destaque para Natal (-6,75%) e Salvador (-4,01%).

A cesta básica em Aracaju continua a apresentar o menor custo

Comportamento dos preços

Apesar da tendência de queda no preço da cesta básica, em março, a maior parte dos itens que a compõem registrou predomínio de alta entre as capitais pesquisadas. Um exemplo deste comportamento é o óleo de soja, cujo preço subiu em 14 localidades, com destaque para Florianópolis (7,45%), Porto Alegre (3,65%), João Pessoa (3,35%) e Fortaleza (3,21%). O produto ficou mais barato em Aracaju (-0,65%), Goiânia (-1,08%) e Brasília (-2,08%).

Também na comparação com março de 2011 este item apresenta predomínio de alta, que foi percebida em 15 cidades, especialmente no Rio de Janeiro (15,08%), Natal (9,06%) e Belo Horizonte (6,60%). Goiânia (-2,14%) e Belém (-4,10%) apresentaram retração nos preços. A seca de meados de 2011  causou quebra na safra de soja, matéria-prima para produção do óleo, reduzindo a oferta e encarecendo o produto. Para esse resultado também contribuiu o crescimento da demanda internacional.

Outro produto que apresentou predomínio de alta foi o feijão, cujo preço subiu, em março, em 13 cidades, especialmente em Manaus (12,53%), Salvador (9,14%), João Pessoa (8,61%) e Belém (8,37%).  Os preços diminuíram em Florianópolis (-1,72%), Vitória (-1,87%), Fortaleza  (-3,67%) e Goiânia (-11,26%). Em um ano, o feijão registrou alta generalizada, com taxas positivas e elevadas em praticamente todas as capitais. Os maiores aumentos foram apurados em Belém (92,49%), Belo Horizonte (71,32%), João Pessoa (67,72%) e Recife (61,28%).

Desde 2010, o feijão vem mantendo preços muito elevados por influência do clima: o principal plantio ocorre em setembro e sofreu atraso de dois meses devido a seca, além de haver redução na área plantada. No ano passado, a estiagem provocou quebra na safra, mantendo o preço elevado. Isto pode influenciar no aumento do plantio para a próxima safra, condição necessária para a queda do preço.

Onze capitais registraram alta no preço do pão, com taxas moderadas, lideradas por Salvador (4,36%), Goiânia (2,84%) e Vitória (1,92%). Nas localidades onde o preço caiu, a redução foi modesta, como ocorreu em Porto Alegre (-0,95%), Natal (-0,84%) e Belo Horizonte (-0,58%). No período de 12 meses, porém, 16 localidades registraram alta, especialmente em Vitória (11,60%), Natal (11,57%) e Fortaleza (10,56%). A única redução ocorreu em Aracaju (-0,21%). Além de o Brasil não ser auto-suficiente na produção do trigo, houve quebra na safra no ano passado, o que obrigou o país a importar volume maior do produto.  Também colaborou para a alta do preço do trigo e derivados, a oscilação do câmbio, mantendo o real sobrevalorizado.

Fonte: Dieese

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