Azaléia pára a produção de calçados em Itaporanga e demite 234

O gerente de Responsabilidade Social da Azaléia, Jair Luiz Kievel, concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira para falar sobre a demissão de 234 funcionários da unidade da empresa instalada em Itaporanga D’Ajuda, retificando informações do sindicato da categoria, que falou em 280 demissões.

“Na unidade de Itaporanga tínhamos 280 funcionários. Desses, estamos iniciando o processo de demissão de 234. O restante vai atender ao almoxarifado ou será deslocado para outras funções que não estão ligadas diretamente à produção de calçados”, esclareceu. O gerente disse que as demissões tiveram que ser feitas porque não há pedidos garantidos para o primeiro trimestre de 2007, o que geraria um acúmulo no estoque.

De acordo com ele, a unidade de Itaporanga não será fechada, o que encerra é a atividade de produção de calçados. O gerente afirmou ainda que todas as demais atividades lá desenvolvidas permanecem. “Quem está em auxílio doença, auxílio maternidade ou quem mantém seus empregos por força legal permanece na empresa”.

Kievel disse que o clima interno da unidade está mais tranqüilo que externamente. “A manifestação mais intensa é das autoridades, porque há diminuição de receita, a economia local perde, mas os nossos colaboradores (funcionários) estão esperando, assim como nós, que no segundo ou terceiro trimestre nós tenhamos uma mudança no quadro econômico que permita repor essas vagas em Sergipe”, declarou.

O gerente destacou ainda o problema dos quatro C’s. De acordo com ele, Câmbio, Contrabando, Carga tributária e a China (concorrência internacional) são os principais inimigos do progresso do setor calçadista brasileiro.

Férias coletivas

A partir do dia 21 de dezembro, até 8 de janeiro de 2007, os 46 funcionários que permaneceram na empresa estarão gozando férias coletivas. No entanto, isso acontece tradicionalmente em todas as unidades da Azaléia pelo Brasil. O gerente garantiu que durante quatro meses, a partir de agora, os demitidos da unidade sergipana receberão cesta básica da empresa e terão seus direitos respeitados.