“Balança comercial sergipana apresenta déficit de US$ 5,991 milhões em setembro”, por Saumíneo da Silva Nascimento*

A balança comercial sergipana apresentou pelo terceiro mês consecutivo déficit. O resultado do mês de setembro/2005 foi um saldo negativo de US$ 5.991 mil, sendo o segundo maior déficit do ano em um mês, perdendo apenas para o mês de abril que apresentou um déficit de US$ 6.301 mil.
Como conseqüência, o déficit da balança comercial sergipana acumulado em 2005 já de US$ 18.136 mil, porém é um valor menor que o déficit apresentado no mesmo período do ano passado que era de US$ 41.779 mil, isto revela que no ano de 2005, a balança comercial sergipana tende a ter um déficit menor que em 2004.
No mês de setembro de 2005 o valor das exportações sergipanas foi de US$ 4.101 mil, o que representa uma queda de 13,02% em relação ao mês de agosto/2005, já as importações sergipanas em setembro/2005 totalizaram US$ 10.092 mil, o que representa um incremento de 44,37% em relação às importações do mês de agosto/2005.
Comparando-se com o mesmo período do ano passado janeiro a setembro de 2004, as
exportações sergipanas apresentam um crescimento de 30,41% e as importações uma queda de 15,08%. As exportações sergipanas no período de janeiro a setembro de 2005 totalizaram US$ 49.715 mil e as importações US$ 67.851 mil.
De qualquer forma o acumulado das exportações sergipanas de janeiro a setembro de 2005 já é superior ao que foi exportado durante 2004 (US$ 47.702 mil), previsão que eu já havia sido sinalizado no meio do ano, conforme tendência mensal.
A liderança da pauta de exportações sergipanas continua com os sucos de laranjas, congelados e não fermentados que representam 30,88% das exportações no período de janeiro a setembro de 2005, com o montante de US$ 15.350 mil e um volume de 21.402 toneladas, porém apresentando uma queda de 26,85% em relação ao mesmo período do ano passado. Depois na seqüência, uréia – 2ª posição, cimentos – 3ª posição e tecidos de algodão – 4ª posição.
Até setembro/2005, os principais incrementos nas exportações foram de: tecidos de algodão tinto ponto sarjado (+ 837,79%), aparelhos eletrônicos de sinalização acústica (+ 758,89%); tecidos de algodão cru, ponto de tafetá (+ 496,70%) e uréia (+ 373,98%). Já os produtos que mais caíram nos valores exportados foram: tecidos de poliéster (- 88,78%), limões e limas (-84,53%), roupas de cama de fibras sintéticas (-73,37%) e calçados de couro (-72,92%).
Cabe também destacar alguns produtos que não foram exportados em 2004 e que passaram a fazer parte da pauta de exportações de Sergipe em 2005, a saber: açúcar de cana, couros/peles de eqüídeos e bovinos, café torrado, mármores, ternos e paletós, aquecedores de água, cocos secos, tijolos cerâmicos, móveis de madeira, indicadores de velocidade e água mineral.
Gostaria de chamar a atenção para o os barcos/embarcações de recreio/esporte que ocupam a 28ª posição na pauta de exportações de Sergipe com o valor de US$ 40.560 mil e um crescimento de 19,74% em relação ao mesmo período do ano passado.
A novidade é que o Banco do Nordeste assinou no dia 11/10/2005, convênio com o Ministério dos Transportes para aplicar recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM). A assinatura foi realizada em Brasília pelo presidente do BNB, Roberto Smith, e pelo ministro Alfredo Nascimento. O convênio vai permitir a promoção de financiamentos para construção, modernização ou reforma de barcos e estaleiros na Região Nordeste.
Com o acordo, o BNB passará a atuar como agente financeiro do Fundo, antes operado exclusivamente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O FMM possui recursos totais de R$ 3 bilhões/ano, que serão disponibilizados aos bancos de acordo com a demanda por investimentos. O BNB se responsabiliza ainda por analisar a viabilidade econômica dos projetos que receber, os quais terão de passar previamente por priorização por parte do Ministério dos Transportes.
Entre as empresas exportadoras, a Maratá Sucos do Nordeste Ltda é a líder, ficando a
Petrobras em 2º lugar, a Cimesa – Cimentos Sergipe S/A em 3º lugar e a Tropfruit Nordeste S/A em 4º lugar.
Com relação aos destinos das nossas exportações, a Holanda lidera comprando 25,02% das exportações sergipanas, vindo logo em seguida, os Estados Unidos, o Chile e a Espanha.
Registre-se que o maior incremento de exportações sergipanas foi para Iugoslávia (980,18%). É importante apontar alguns países que passaram a compor o destino das exportações sergipanas em 2005, a exemplo de: Chile, Bélgica, Gâmbia, África do Sil, Venezuela, Cabo Verde, Guatemala, Ilhas Cayman e Finlândia.
Nas importações os dois principais produtos (trigo e algodão) registraram queda de 14,86% e 58,13% respectivamente. Já o terceiro principal produto o coque de oetróleo teve um incremento de compra de 31,79%.
Dos novos produtos que passaram a compor a pauta de importações sergipanas, os principais são: fibras de poliéster, teares para tecidos, sulfato de amônio e caldeiras quatubulares. A Petrobras é a maior importadora de Sergipe, com 16,47% da pauta, seguida pelo Moinho Sergipe S/A, a Crow Embalangens S/A e a Santista Têxtil Brasil S/A. Os Estados Unidos são o principal país de origem das importações sergipanas, seguido de Argentina, Alemanha e Suíça.


* Saumíneo da Silva Nascimento – Economista e Superintendente Estadual do Banco do Nordeste em Sergipe.

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