Banco do Brasil amplia créditos para a agricultura

Gerentes e representantes de entidades acompanham anúncio nacional (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Na manhã desta segunda-feira, 9, a superintendente do Banco do Brasil em Sergipe, Marília Prado, reuniu gerentes de agências do interior e representantes de entidades que atuam na área agrícola para anunciar as metas e as novidades relativas ao Plano Safra 2012/13.

De acordo com Marília Prado, Sergipe será contemplado com R$ 80 milhões, no período, montante cerca de 14% maior que o volume de recursos destinados ao Plano Safra no ano anterior. Em nível nacional, o BB destinará, para o Plano Safra, R$ 55 bilhões para operações de crédito.

São R$ 10,5 bilhões para financiar a agricultar familiar e R$ 44,5 bilhões para atender aos agricultores empresariais e cooperativas rurais.

Mas Sergipe poderá ser contemplado com um volume de recursos maior, além dos R$ 80 milhões anunciados nesta manhã. Vai depender da demanda, segundo enfatizou a superintendente Marília Prado.

Taxa menor

Marília Prado: R$ 80 milhões para Sergipe

A grande novidade é a redução das taxas de juros, aliada à ampliação do teto nas operações de crédito e ainda a atuação do Banco do Brasil no Programa Nacional de Habitação Rural.

Para o custeio, a taxa anual de juros saiu do patamar máximo de 4,5% para 4% e os limites por beneficiário aumentam de R$ 50 mil para R$ 80 mil. Já na área de investimento, a taxa de juros permanece em até 2%, assim como se mantém o teto de R$ 2,5 mil para microcrédito produtivo rural a R$ 130 mil, em se tratando de aumento na produção de alimentos e investimentos em agroecologia eco e em políticas públicas para a mulher.

No Pronaf Agrícola, a taxa de juros anual permanece fixada em até 2%, mas o teto aumenta de R$ 50 mil para R$ 130 mil, em se tratando de pessoa física, e de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões, no caso de associações e cooperativas. Neste programa, o Banco do Brasil cria o empreendimento familiar rural com operações de crédito que chegam ao patamar de R$ 300 mil, limitado a pessoa jurídica.

Ainda não foi definido o volume de recursos destinados a Sergipe pelo Programa Nacional de Habitação Rural, mas os gerentes das agências bancárias – especialmente as do interior do Estado – já estão orientados a analisar os projetos, que podem ser apresentados por qualquer entidade que já esteja operando com esta finalidade. “Estamos realizando um trabalho proativo, estimulando as entidades representativas a apresentar os projetos”, informa o gerente de negócios imobiliários do  bando em Sergipe, Sandy Luciano. “Todos os projetos serão analisados, desde que a entidade não tenha fins lucrativos”, adverte o gerente.

José Sobral: Sergipe tem mais eficiente programa para construção de cisternas

Para este programa, que integra o programa federal Minha Casa Minha Vida, serão contemplados agricultores e trabalhadores rurais com renda familiar anual de R$ 15 mil, R$ 30 mil e até R$ 60 mil. Para aqueles com renda familiar anual de até R$ 15 mil, não são cobrados encargos financeiros e o limite de financiamento é de até R$ 25 mil para construção de habitação rural e de R$ 15 mil para reforma.

Para aqueles com renda familiar anual acima de R$ 15 mil, e no limite de até R$ 30 mil, os encargos financeiros são de 5% ao ano acrescido da TR (Taxa de Referência), e aqueles com renda familiar anual acima de R$ 30 mil até o limite de R$ 60 mil, a taxa de juros varia entre 6% e 8,16% ao ano, acrescido da TR. A estimativa do banco é construir cerca de 100 mil unidades habitacionais em todo o país até o final de 2014.

Cisternas

O anúncio em Sergipe coincidiu com o mesmo horário em que diretores do banco em nível nacional anunciavam as novidades em rede de TV interna, com participação dos ministros Pepe Vagas, do desenvolvimento agrário, Mendes Ribeiro Filho, da Agricultura, e  representante do Ministério das Cidades. Transmitido ao vivo, o público alvo de Sergipe pode assistir ao anúncio no auditório da Superintendência do BB, na praça General Valadão.

O anúncio em nível nacional foi feito pelo vice-presidente de Agronegócios do BB, Osmar Dias. Ele mostrou um dado curioso que causou surpresa. Sergipe não foi contemplado com o programa nacional destinado à construção de 60 mil cisternas em 89 municípios de vários Estados brasileiros.

O secretário de Estado da Agricultura, José Sobral, que estava na plateia, explicou que Sergipe não foi contemplado por estar à frente de todos os Estados brasileiro em se tratando de cisternas. Todas as residências da zona rural, segundo o secretário, já foram contempladas com um programa específico realizado pelo próprio Governo do Estado.
Segundo Sobral, o Estado construiu 9.904 cisternas. “Com uma diferença. No programa do governo federal, os recursos destinados às cisternas são reembolsados, trata-se de operação de crédito. E, pelo programa do Estado, não há reembolso, é custo zero”, explicou. “A Codevasf deveria construir 3.507 cisternas, mas só executou 2.108 porque não encontrou demanda. Sergipe tem o programa mais eficiente do país”, comemora o secretário.

Por Cássia Santana

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