Em solenidade ocorrida no Teatro Tobias Barreto, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi batizada às 16h10 desta terça-feira, 4, a plataforma FPSO Sevan Piranema. O batismo foi transmitido ao vivo, diretamente da plataforma para o teatro. O gerente geral da Petrobras em Sergipe e Alagoas, Eugênio Dezen, comandou o ritual direto do campo de Piranema. 
Tobias Barreto ficou repleto de convidados
A plataforma é a primeira do tipo FPSO (produz, armazena e transfere petróleo) com o casco redondo no mundo. O campo de Piranema será pioneiro no Nordeste na produção em águas profundas (entre 1.000 a 1.500 metros). Além disso, o óleo que será produzido será o mais leve (melhor qualidade) entre os produzidos em águas profundas no país.
Segundo estimativa da Petrobras, a plataforma de Piranema deverá produzir no início de seu funcionamento 10 mil barris diários de petróleo, podendo chegar a 30 mil em 2008. A empresa espera que até 2018, a produção acumulada chegue ao 30 milhões de barris. 
Descerramento da placa transmitida ao vivo direto da plataforma (Foto: André Moreira- ASN)
Durante a solenidade de batismo, Eugênio Dezen, enfatizou o pioneirismo, mais uma vez, do Estado de Sergipe na produção de petróleo em águas marítimas, como ocorreu em 1978 quando deu início a primeira produção em mar da Petrobras no campo de Guaricema na costa de Aracaju. “Estamos dando mais um passo de pioneirismo”. Ele enalteceu o trabalho dos funcionários da companhia que estiverem envolvidos nesse projeto. “As capacidades técnicas de vocês fizeram a diferença”, disse.
Refinaria
Num discurso de pouco mais de 20 minutos, o governador Marcelo Déda (PT) enalteceu o trabalho dos funcionários da Petrobras e comentou sobre uma provável falta de investimentos da companhia em Sergipe há seis anos. “Sergipe afasta o fantasma que freqüentava a preocupação do sergipanos… quando anunciavam a saída da Petrobras de Sergipe. Havia uma sentença de morte a produção de petróleo em Sergipe”, lembrou. 
Governador Macelo Déda durante discurso
Segundo Déda, a direção da Petrobras há seis anos informava que os campos de petróleo de Sergipe eram decadentes e não teriam perspectivas de novas descobertas no Estado, mas o talento dos técnicos e dos presidentes da Petrobras no Governo Lula, José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, Sergipe voltou a ter investimentos da empresa.
De forma descontraída, o governador mais uma vez disse que se o Estado de Sergipe se separasse do Brasil seria um emirado na produção de petróleo. “Se nós nos rebelássemos não seriamos apenas mais uma republiqueta, mas seriamos o “Emirado Unido de Sergipe” e teríamos cadeira na OPEP (Organização dos Paises Exportadores de Petróleo”, brincou.
Aproveitando a presença dos proprietários da empresa norueguesa Sevan Marine, parceira da Petrobras na construção da plataforma, Marcelo Déda pediu que viessem conhecer a economia do Estado. Mesmo sem citar que o Governo do Estado está tentando a viabilização da construção de uma refinaria em Sergipe, o governador disse que existe um projeto de “altíssimos investimentos no refino de petróleo” e aproveitou para alfinetar o ex-governador João Alves Filho. “Só que não sei fazer fato político com virtualidade. Eu só anuncio aquilo que tenho certeza. Mas estamos tratando com cuidado de um grande investimento”, frisou.
Por Paulo Rolemberg
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