
A Black Friday deste ano deve gerar um volume recorde de R$ 5,4 bilhões para o comércio brasileiro, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O montante representa alta de 2,4% em relação a 2023, já descontada a inflação.
De acordo com o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, a projeção considera o impacto das promoções ao longo de todo o mês de novembro, característica típica da Black Friday no Brasil — e não apenas da sexta-feira, 28.
Atualmente, a Black Friday já é a quinta data mais importante do varejo, atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
Setores com maior previsão de vendas
– Hiper e supermercados: R$ 1,32 bilhão
– Eletroeletrônicos e utilidades domésticas: R$ 1,24 bilhão
– Móveis e eletrodomésticos: R$ 1,15 bilhão
– Vestuário, calçados e acessórios: R$ 950 milhões
– Farmácias, perfumarias e cosméticos: R$ 380 milhões
– Livrarias, papelarias, informática e comunicação: R$ 360 milhões
Maior redução
Monitoramento diário de 150 itens mostrou potencial elevado de desconto em 70% das categorias, com quedas superiores a 5%.
As maiores reduções foram registradas em:
– Papelaria: 10,14%
– Livros: 9,02%
– Joias e bijuterias: 9,01%
– Perfumaria: 8,20%
– Utilidades domésticas: 8,18%
– Higiene pessoal: 8,11%
– Moda: 7,82%
Evite golpes
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) orienta atenção redobrada durante o período. Entre as recomendações:
– Desconfiar de descontos exagerados e acompanhar preços com antecedência.
– Verificar a reputação da loja, especialmente em sites pouco conhecidos.
– Checar políticas de entrega e reembolso.
– Confirmar se o site é seguro — começando com https e exibindo o cadeado ao lado do endereço.
– Lembrar do direito de arrependimento: compras online podem ser canceladas em até 7 dias.
Casos de propaganda enganosa ou prejuízo podem ser denunciados no consumidor.gov.br ou no Procon estadual.
por João Paulo Schneider
