BNB e parceiros estudam modernização do processamento da mandioca

O Banco do Nordeste, através da Célula de Desenvolvimento Territorial, vem promovendo reuniões com os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais dos municípios de São Domingos e Campo do Brito, Deagro e demais parceiros, com o objetivo de avaliar ações inseridas no Plano de Trabalho Territorial (PTT) da aglomeração produtiva da mandioca. O Plano contempla, entre outras, a modernização das casas de farinha e o reaproveitamento da manipueira (resíduo da mandioca).

Para a modernização, serão utilizadas tecnologias desenvolvidas pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) da Unit, visando reduzir em 50% o consumo de lenha e melhorar a qualidade do produto adotando as recomendações da vigilância sanitária. A Prefeitura, através da sua Secretaria de Agricultura, está negociando com o ITP a transferência dessas tecnologias. “É preciso que os pesquisadores orientem e repassem para os produtores de farinha de mandioca os projetos com as especificações dos equipamentos necessários para aperfeiçoarem a produção, que poderão ser financiados com recursos do Pronaf pelo BNB”, afirma a Coordenadora da Célula de Desenvolvimento Territorial Fátima Costa.

Para o reaproveitamento da manipueira o Secretário de Agricultura, Ivo Roberto, está adotando os procedimentos recomendados pela Embrapa — Mandioca e Fruticultura de Cruz das Almas, utilizando-a na alimentação de bovinos. Para que esses procedimentos sejam disseminados, o Banco buscou a parceria da Pronese, que está elaborando projeto para construção de reservatórios de armazenamento nas casas de farinha comunitárias. Outros reservatórios poderão ser financiados via BNB.

Também vêm participando dessas reuniões o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável; as Secretarias Municipais de São Domingos, Nossa Senhora das Dores e de Campo do Brito (municípios envolvidos no projeto);  a Câmara Municipal de São Domingos e a Energipe — Programa Luz para Todos.

 

SÃO DOMINGOS

Localizado a 76 quilômetros de Aracaju, o município surgiu às margens do Rio Vaza Barris em 1924 e foi emancipado politicamente em 21 de outubro de 1963. Situado na região do Agreste sergipano, ele possui uma população de 9.270 habitantes e tem como um de suas atividades econômicas mais representativas a agricultura (mandioca) e a produção de farinha.

 A cidade conta com aproximadamente 250 casas de farinha de mandioca espalhadas pelos povoados. A atividade é uma tradição antiga do município, sendo praticada pela maioria dos habitantes. Segundo Fátima Costa, o papel do Banco do Nordeste é articular o encaminhamento de ações estratégicas para o setor, avaliar juntamente com as parcerias a realidade atual e buscar novas maneiras de gerir as capacidades disponíveis e superar dificuldades, juntamente com a comunidade local.

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