BNB quer reduzir 300 empregados com adesão voluntária

Plano de demissão do BNB não agrada sindicato (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O Banco do Nordeste pretende investir R$ 54,4 milhões para demitir cerca de 300 empregados por meio do Programa de Incentivo ao Desligamento (PID), cuja adesão depende exclusivamente da vontade do empregado. Os dados foram revelados nesta quarta-feira, 5, por meio da assessoria de imprensa da instituição financeira, que mantém 7,2 mil funcionários em suas agências espalhadas pelo país.

De acordo com a assessoria, o piso e o teto indenizatórios estão avaliados entre R$ 50 mil e 400 mil. Conforme a assessoria, os empregados do BNB devem manifestar interesse na adesão ao PID até o dia 28 deste mês. Feita a adesão, a demissão ocorrerá em um período máximo de 45 dias. A instituição ainda não se manifestou sobre os impactos financeiros gerados pelo PID, que só serão divulgados, de acordo com a assessoria, após o encerramento do período de adesão.

Pelos critérios adotados pela instituição financeira, consideram-se elegíveis os empregados que ingressaram no Banco antes do ano 2000, que estavam com idade igual ou superior a 50 anos ao fim de 2016 e, também nesta data, estivessem aposentados pela Previdência Social ou em condições legais para requerer o benefício da aposentadoria.

O programa foi aprovado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), órgão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, e pela Diretoria Executiva e Conselho de Administração do Banco do Nordeste.

Cautela

O Sindicato dos Bancários do Estado de Sergipe não aprova o programa de demissões voluntárias em instituições financeiras, que tenham o Estado como sócio majoritário: BNB, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, na esfera federal.

A presidente do sindicato, Ivânia Pereira, explica que esta é uma decisão pessoal do trabalhador. Mas ela, enquanto presidente da entidade sindical, pede cautela no momento da decisão. Para a sindicalista, é importante que os familiares do bancário sejam também consultados devido ao impacto que a decisão trará para todos aqueles que dependem do servidor.

Ivânia Pereira revela que o sindicato não tomou conhecimento deste PID anunciado pelo BNB e classifica como medida equivocada já que as instituições financeiras, conforme avalia, necessitam de maior número de servidores para prestar melhor atendimento à clientela. Para Ivânia Pereira, há impactos negativos tanto para a clientela quanto para a classe trabalhadora. “Se antes um funcionário trabalhava com outros três no setor, agora está trabalhando sozinho: fazendo o que ele fazia antes e também o que os outros dois faziam”, explica Ivânia Pereira.

Por Cássia Santana

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