Brechó online oferece qualidade aliada a produtos de baixo custo

Certamente depois da ‘era internet’ as relações de consumo foram alteradas. O comércio eletrônico, por exemplo, representa uma importante fatia no faturamento de muitas empresas. Inspiradas nessa ‘onda tecnológica’ e buscando novos desafios, as amigas jornalistas Karla Pinheiro e Eliene Andrade decidiram criar um brechó online via rede social para diminuir o consumismo e conscientizar as pessoas sobre a importância do consumo consciente.

As amigas Eliene Andrade (à esquerda) e Karla Pinheiro (à direita) (Foto: Portal Infonet)

“Antes nós comprávamos muito e usávamos apenas um pouco daquilo que adquiríamos”, lembra a jornalista Karla Pinheiro. Essa sensação de usar menos da metade do que comprava deixava ela desapontada. Até que essa insatisfação também chegou a amiga Eliene Andrade. “Eu sempre gostei de comprar, consumir. Mas depois que eu perdi peso senti a necessidade de me desfazer de algumas roupas”, conta. Eliene diz que chegou a vender algumas roupas a colegas de trabalho e a partir daí foi que a ideia foi ganhando corpo.

Essa rede da amizade contribuiu para que as ideias de Karla e Eliene pudessem se concretizar em mais um projeto profissional, com a criação, em agosto do ano passado, de uma conta no Instagram (@belogarimpobrechó) voltada para a comercialização de roupas pouco usadas. “Muitas dessas roupas são nossas. Algumas foram usadas apenas uma vez e outras nem sequer tiveram a etiqueta tirada”, afirma Karla. O perfil do Instagram, desde então, tem sido uma importante vitrine onde as amigas compartilham as peças e fornece dicas de moda para seus seguidores. “Conseguimos também passar a mensagem de um consumo consciente sem perder a qualidade dos produtos”, salienta Eliene.

Eliene conta que há um espaço exclusivo em seu apartamento onde se pode ver e experimentar as peças (Foto: Portal Infonet)

Uma das vantagens do brechó, segundo as amigas, é a comodidade no tocante à escolha das peças. “Nós temos a opção ‘mala viajante’. Funciona assim: a pessoa leva uma malinha com algumas roupas para casa e lá faz as provas de roupa”, conta Eliene. Ela diz que essa modalidade é bastante útil para quem não tem tempo – ou paciência – para escolher roupas numa loja. “Em casa as pessoas ficam mais à vontade para experimentar a peça que deseja e inclusive fazer combinações com outras peças que já tem no guarda-roupa”, destaca Karla.

Caso a pessoa deseje olhar presencialmente algumas peças, há também esta opção. Eliene conta que há um espaço exclusivo em seu apartamento onde se pode ver e experimentar as peças. É só entrar em contato através do perfil da loja no Instagram. “Nós queremos que as pessoas mudem um pouco a perspectiva e passem a consumir aquilo que realmente precisa”, avalia Eliene. A amiga Karla também tem o mesmo entendimento e destaca que os brechós vieram pra ficar. “Com eles, é possível se vestir muito bem pagando muito pouco”, acredita.

por João Paulo Schneider 

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