Camelôs “invadem” o calçadão da rua João Pessoa

Procura por relógios foi intensa (Fotos: Portal Infonet)

Roupas, calçados, frutas, churrasquinho, pizza, relógios, óculos, redes, toalhas, sandálias, tênis, sapatos, botas, cintos e muita, mas muita variedade pôde ser encontrada durante toda esta quarta-feira, 29, em pleno calçadão da rua João Pessoa. Com a ausência dos fiscais da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) por causa do ponto facultativo, os camelôs, ‘invadiram a praia’, ou melhor, o calçadão, transformando-o em um verdadeiro 'sulankão' para o desespero dos lojistas.

“Meu Deus do céu. Eu nunca tinha visto o calçadão desse jeito, nem mesmo no Natal. A gente nem consegue se movimentar. O bom é que acabei de olhar uma sandália rasteirinha ali na loja e o preço era R$ 50, pois comprei no meio do calçadão, uma linda, por apenas R$ 15”, comemora a estudante Keli Cristina de Oliveira acrescentando estar se sentindo na rua 25 de março, em São Paulo.

Não faltaram frutas, churrasquinhos e pizzas

“A gente aproveitou o ponto facultativo decretado pela Prefeitura de Aracaju e logo cedo já estava aqui. Para se ter uma idéia, a quantidade de relógios que vendi somente na parte da manhã, já dá para pagar as dívidas. O movimento está melhor do que se esperava e até à noite acredito que as vendas vão crescer ainda mais. Sem fiscais da Emsurb, a gente está lucrando bem graças a Deus!”, ressalta o vendedor de relógios Adelmo dos Santos.

“Muitos camelôs tomam empréstimos em bancos para comprar as mercadorias. Eu tenho meu nome limpo, só não tenho condições de pagar R$ 700 a R$ 1 mil por um ponto. As autoridades bem que podiam encontrar um local para a gente, podia ser ali no estacionamento do mercado”, complementa o vendedor ambulante José Ferreira.

Calçadão livre

Vendedor cobre o rosto para não ser identificado posteriormente pelos fiscais

Os vendedores informaram ainda que a Prefeitura de Aracaju libera o calçadão todos os sábados a partir das 14h. “Na semana, nós vendemos em pontos apertados, encostadas na parede, mas nos sábados, os fiscais liberam o meio do calçadão depois que as lojas fecham e a gente fica até à noite. Só que hoje, como os fiscais estão de folga, muitos deles gastando dinheiro, a gente veio ganhar dinheiro trabalhando”, enfatiza Telma Rodrigues, vendedora de presilhas, capas de celular e bolsas.

Quem não gostou muito da ‘farra’ dos camelôs foram os lojistas. “Esta situação tira um pouco o foco. Os camelôs chegaram por volta das 7h30 desta quarta-feira e queira ou não, acabam prejudicando as vendas nas lojas. Como se vê, aquela mulher está vendendo bolsas bem aqui na frente da loja, especializada justamente no comércio de bolsas e calçados. Mesmo os produtos não sendo iguais, os consumidores acabam sendo atraídos para o comércio paralelo”, lamenta o subgerente de uma loja de calçados, Helenaldo Rollemberg Bomfim Júnior.

Helenaldo: "Tira o foco das lojas"

Por Aldaci de Souza

  

 

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