Campo de Carmópolis: mais 30 anos de vida útil

Carmópolis no início da atividade da Petrobras (Foto: Ascom/Petrobras-SE)

Classificados como um dos mais importantes do Brasil, o campo de Carmópolis completou 50 anos nesta quinta-feira, 15, com 1.920 poços perfurados e permanece um marco, com 1,5 mil poços que produzem diariamente algo em torno de mil barris de petróleo.E as perspectivas de vida de poço são bastante otimistas, segundo estimativa do gerente-geral da Unidade de Produção da Petrobras nos Estados de Sergipe e Alagoas, Luís Robério Silva Ramos. 

De acordo com o gerente-geral, o campo daquele município possui um volume de óleo no reservatório estimado em 1,7 bilhão de barris e já produziu, nestes 50 anos, aproximadamente 360 milhões de barris. Os campos não produzem a sua capacidade plena devido ao desgaste natural, conforme adverte o gerente-geral da unidade Sergipe/Alagoas, mas são maravilhosas as perspectivas de vida útil do campo de Carmópolis, projetada para produzir por mais 30 anos e perspectiva de se estender este tempo de produção, em função de novas tecnologias e pesquisas que são desenvolvidas pela empresa no país.

Luís Robério: perspectivas para águas profundas (Foto: Cássia Santana?Portal Infonet)

E, nesta perspectiva, a Petrobras já começou a fazer investimentos na ordem de U$ 700 milhões, desde o ano de 2011, para revitalizar aquele campo de produção, cujo projeto deverá estar concluído ao final de 2014.

Águas profundas

Sergipe continua se destacando na produção terrestre em se tratando de extração de petróleo. Mas os investimentos futuros, devido à potencialidade do Estado, serão concentrados em mar, conforme informa o gerente-geral, Luís Robério. “Mas vamos continuar produzindo em terra e investindo, mas, sem dúvida nenhuma, com os volumes e as características, o crescimento da produção se dará no mar”, considerou o gerente-geral da unidade Sergipe/Alagoas.

Nesta perspectivas, a bacia geológica indica a existência de um conjunto de áreas, blocos e poços promissores. A Petrobras já iniciou a perfuração de poços, cujas pesquisas, segundo Luís Robério, já confirmaram a existência de petróleo em volumes consideráveis, em áreas de águas profundas na costa sergipana.

Carmópolis na atualidade: crescimento econômico (Foto: Ascom/Petrobras/SE)

Neste segmento, a Petrobras fará investimentos na ordem de US$ 5,4 bilhões no Estado de Sergipe até o ano de 2018, na perspectiva de se criar uma nova unidade que terá capacidade estimada de produzir e processar cerca de 100 mil barris de petróleo por dia, na costa sergipana, segundo revelações do gerente-geral em Sergipe. “No último plano, há cinco anos, tinha previsão de investimento de U$ 4 bilhões, mas em função do crescimento da atividade com estes novos projetos, houve aumento destes investimentos que serão feitos até 2018 no Estado de Sergipe”, observou o gerente-geral.

Hibernação

Sergipe tem 25 plataformas fixas em águas rasas e apenas uma delas habitada em função de acordo trabalhista firmado entre a Petrobras e o sindicato dos trabalhadores. Mas cerca de nove delas começam a hibernar e começarão a ser desativadas temporariamente. O gerente-geral da unidade Sergipe/Alagoas considera natural este procedimento e garante que já há processo de licenciamento ambiental para dar um novo destino a estas plataformas que entrarão em estado de hibernação em Sergipe.

Sonda da Petrobras: grande influência na economia do Estado (Foto: Ascom/Petrobras/SE)

O gerente-geral garante que a Petrobras permanecerá investimento na exploração em águas rasas. “Estamos fazendo um plano de otimização de toda estrutura e não vamos abandonar as plataformas”, garante o gerente-geral. “Vamos priorizar aqueles que têm produção mais adequada e vamos hibernar entre seis e nove plataformas, mas não há previsão de encerrar as atividades em águas rasas”, observou.

O gerente-geral garante que não haverá impactos durante o período de hibernação das plataformas, que já estão sem atividades por falta de petróleo. Mas o tempo de interrupção das atividades destas plataformas ainda não está definido, segundo o gerente-geral. “Até termos o projeto de aumento de atividade aprovado e implantado, a perspectiva é de se ter um período de três a quatro anos de hibernação. Neste período, vamos deixá-las fora do circuito de operação. Elas ficarão sem produção, com manutenção para uma necessidade futura até a gente ter o processo de licenciamento ambiental e o projeto concluídos”, observou, considerando que a empresa ainda não definiu o destino final daquelas plataformas.

Leilões

O gerente-geral da Unidade Sergipe/Alagoas, Luís Robério Ramos, também falou sobre a quebra do monopólio estatal do petróleo no Brasil, mas revelou que desconhece a postura do Sindicato dos Trabalhadores que vê naquela iniciativa a privatização da atividade fim da empresa. “Este [leilões] é o modelo da estrutura da legislação do petróleo e a Petrobras atende a legislação”, observou. “Os leilões trouxeram uma série de avanço e a pior situação é existir este modelo sem o leilão”, considerou. “Ao ter leilão e a Petrobras ter adquirido blocos, vai-se retomar o processo de pesquisa de potencial descoberta”, explica. “Mas não conheço as considerações do sindicato. Acredito que as críticas sejam às transferência de um bem da nação para empresas outras, mas não tive oportunidade de me debruçar sobre a principal crítica do sindicato”, complementou.

Por Cássia Santana

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais