Carta de conjuntura econômica será elaborada a cada trimestre

Membros de diversas secretarias estaduais, entidades empresariais e representantes da sociedade civil estão reunidos na manhã desta quarta-feira, 6, no lançamento do Observatório de Conjuntura Econômica do Estado de Sergipe e do Observatório do Trabalho e do Emprego. O evento, que acontece no auditório do Banese e com a coordenação da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), tem como principal finalidade promover o acompanhamento e análise das conjunturas social e econômica do país e de Sergipe.

Para isso, a cada trimestre, será publicada uma ‘Carta de Conjuntura’. O Observatório é formado por oito secretários de Estado, duas organizações da sociedade civil, duas instituições empresariais, duas universidades, quatro bancos oficiais e dois órgãos federais, além de outros órgãos da administração estadual. Todos eles deverão participar de reuniões para análise das conjunturas e produzir, eventualmente, estatísticas e análises para subsidiar o Observatório.

Clemente Ganz
“A idéia é relacionar o trabalho de um observatório e observar instrumentos de políticas públicas que possam produzir análises para apoiar a reformulação dessas políticas, além de fazer seus monitoramentos e avaliá-las”, disse o Diretor técnico nacional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz. Ele participa do lançamento em Sergipe e profere a palestra ‘Mercado de Trabalho e Políticas Públicas’.

Clemente ressalta que a idéia dos observatórios é trabalhar com problemas diferentes em tempos diferentes. “Tem problemas cuja solução exige investimento de longo prazo, a exemplo de mudanças na área da educação. Qualquer mudança estrutural na educação levará décadas para se processar. Tem outras medidas que podem ser resolvidas mais rapidamente, por exemplo, se estivéssemos discutindo a ampliação do seguro-desemprego para seis meses, poderíamos resolver mais rapidamente através de leis. Em ambos os casos é preciso análise”, destaca.

O economista do Dieese em Sergipe, Luís Moura, diz que a implementação do observatório é necessária para possibilitar um levantamento sistemático e divulgar os indicadores de economia do Estado. De acordo com ele, esse tipo de informação deve suprir a necessidade dos agentes públicos e privados.

Luís Moura
Desta forma, sindicatos, empresários e parlamentares teriam informações para a realização de projetos e intervenções em políticas públicas baseadas em informações científicas. “Estamos fazendo um convênio com o governo estadual para ter uma idéia do mercado de trabalho, traçar um perfil dos trabalhadores, analisar os processos de admissão e demissão dos trabalhadores em Sergipe, nível de escolaridade, quanto tempo ele permanece no emprego etc. Essas informações servirão certamente para desenvolver políticas públicas que possam atenuar a questão do desemprego”, informa.

Em síntese, o Observatório e a Carta de Conjuntura deverão fortalecer a base de dados sobre Sergipe e orientar a tomada de decisões de agentes públicos e privados. A próxima conferência do grupo, em data a ser definida, tem como tema previsto ‘Competitividade Sistêmica em Sergipe: Energia, Água e Modais de Transportes’.

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