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Cerca de 450 funcionários da Energisa, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica no estado, realizaram na manhã desta terça-feira, 19, uma manifestação em frente à sede da empresa no bairro Inácio Barbosa, na zona Sul da capital sergipana. Com faixas e gritando palavras de ordem, os trabalhadores reivindicaram o aumento salarial de 5,58% para 9%, além de outras questões.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Eletricitários de Sergipe (Sinergia), Sérgio Alves, uma proposta do sindicato foi encaminhada a energisa há 48 dias. Ainda segundo o presidente, três rodadas de negociações já foram promovidas com a empresa, e até o momento os trabalhadores não obtiveram sucesso nas negociações.
Proposta
A proposta prevê o aumento do piso salarial dos trabalhadores para R$ 800. Atualmente os eletricitários recebem R$ 700, a proposta da energisa durante as negociações foi de R$ 750, que não agradou os membros do sindicato. Eles lutam ainda pelo aumento do auxílio alimentação, que atualmente é pago em R$ 590, a categoria pede um aumento de R$ 700, valor inferior foi proposto pela energisa, que ofereceu R$ 640.
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| Assembléia definirá o rumo das negociações |
“A manifestação de hoje foi feita porque entendemos que há uma discriminação entre os trabalhadores próprios e terceirizados. Os trabalhadores terceirizados têm uma grande rotatividade no trabalho, estão submetidos a acidentes, não tem os seus direitos reconhecidos, o treinamento que é dado é inadequado e, além disso, prejudica a população, porque são trabalhadores que não tiveram o treinamento adequado e com isso reflete no atendimento a população. Não temos benefícios, plano de saúde, alimentação”, disse o presidente.
Benefício
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A manifestação também foi pautada nos benefícios dos eletricitários, que cobram um ano de benefício em caso de afastamento decorrente de problemas de saúde e acidente no trabalho. Segundo Sério Alves, a medida não está sendo cumprida em Sergipe. O mesmo diz ainda quem em Minas Gerais, estado onde a energisa também atua no fornecimento de energia, os trabalhadores recebem o benefício referente há dois anos.
"Os trabalhadores de Minas Gerias, que é onde a empresa é pioneira recebem dois anos de benefícios em caso de doença e acidente, e a empresa se nega a discutir essa clásula em Sergipe", relata Sérgio Alves.
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| O presidente do Sinergia, Sérgio Alves |
Assembléia
Uma assembléia está marcada para ocorrer às 18h30 desta terça na sede do Sinergia, onde na oportunidade, os eletricitários irão decidir se entrarão ou não em greve por tempo indeterminado. Atualmente a energisa conta com 950 trabalhadores espalhados pelos postos da empresa na capital e no interior.
Energisa
Segundo o assessor de comunicação da energisa, Augusto Aranha, a “empresa acredita na capacidade de negociação do sindicado e está aberta a novas rodadas de negociação em que haja um equilíbrio de propostas para tentar solucionar as reivindicações impostas. Já houve um avanço significativo nas rodadas de negociações realizadas anteriormente, e a energisa espera resolver essa questão o mais breve possível”, disse Augusto Aranha.
Por Leonardo Dias e Aldaci de Souza
