Cesta Básica em Aracaju apresenta baixa de preço

Aracaju está entre as três capitais que registraram redução no preço da cesta básica em novembro. Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), detectou que a variação na cidade foi de -0,17%; Recife registrou índice de -0,31% e Brasília – 2,63%. Já as maiores altas foram registradas em Fortaleza, com 6,97%, Goiânia, com 4,04% e Natal, com 3,71%.

O conjunto de produtos alimentícios essenciais custou em Aracaju R$ 167,87, o menor registrado. Outras cidades onde o preço menor também foi encontrado foram João Pessoa (R$ 175,62) e Recife (R$ 175,91). O preço mais alto foi encontrado em Porto Alegre (R$ 254,62), com custo quase R$ 20,00 a mais que o valor registrado em São Paulo (R$ 234,99). Em Vitória a cesta custou R$ 227,81.

O Dieese ainda estima, com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração a determinação que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família (com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência), que o menor salário pago no país, em novembro, deveria ser de R$ 2.139,06.

O valor equivale a 4,60 vezes o mínimo vigente e levemente superior ao de outubro (R$ 2.085,89, que correspondia a 4,49 vezes o mínimo em vigor). Em novembro de 2008, o salário mínimo necessário era estimado em R$ 2.007,84, ou seja, 4,83 vezes o mínimo então em vigor (R$ 415,00).

Variações acumuladas

Apesar da alta no custo dos gêneros essenciais verificada em novembro, 14 cidades continuam a apresentar variação acumulada negativa para o custo dos produtos básicos, entre janeiro e novembro de 2009. Aracaju desponta com a retração mais expressiva, de -13,15%. Depois vem João Pessoa (-12,43%) e Natal (-10,84%). Três capitais apresentaram aumento nos preços: Salvador (3,83%), Belém (2,27%) e Vitória (0,12%).

Nos últimos 12 meses – de dezembro de 2008 a novembro último – os preços da cesta básica aumentaram em oito localidades, com destaque para Salvador (7,56%) e Porto Alegre (6,54%). Dentre as nove cidades onde houve queda, as maiores variações foram apuradas em Aracaju (-6,42%), Natal (-4,20%) e Brasília (-4,16%).

Cesta x salário mínimo

A aquisição da cesta básica comprometeu, na média das 17 capitais, em novembro, 98 horas e 58 minutos da jornada mensal do trabalhador que ganha salário para aquisição de uma cesta básica. Em outubro, a mesma compra requisitava o cumprimento de uma jornada de 97 horas e 27 minutos, enquanto em novembro do ano passado eram necessárias 111 horas e 04 minutos para a mesma aquisição.

Quando se considera o percentual do salário mínimo líquido – após a dedução da parcela referente à Previdência Social – comprometido com a compra dos bens de primeira necessidade, verifica-se que, em novembro, 48,89% do piso líquido eram exigidos para a mesma compra em outubro requisitava 48,15% desse rendimento. Em novembro de 2008 o comprometimento ficava em 54,88%. 

Em Sergipe

A queda no custo da cesta, em Sergipe, foi influenciada pela queda verificada em seis dos 12 itens pesquisados: açúcar (-6,45%), farinha (-2,58%), manteiga (-0,81%), tomate (-0,67%), leite (-0,62%), carne bovina de primeira (-0,59%). Outros cinco produtos apresentaram aumento em seus preços: feijão carioquinha (6,96%), arroz agulhinha tipo1 (2,29%), banana (0,47%), café (0,41%), óleo de soja (0,40%), o pão não apresentou variação.

Seis itens da cesta básica registraram queda em seus preços quando comparados com novembro do ano passado: feijão (-52,07%), arroz (-25,03%), manteiga (-13,25%), carne (-8,98%), óleo de soja (-8,70%), farinha (-2,58%). Seis itens tiveram aumento, dois deles muito expressivo: açúcar (32,82%), banana (17,61%), tomate (9,63%), leite (8,05%), pão (5,76%), e café (0,83%).

A jornada de trabalho necessária para que o trabalhador que ganha salário mínimo pudesse comprar uma cesta básica ficou em 79 horas e 25 minutos em novembro, ligeiramente menor que a exigida em outubro (79 horas e 33 minutos), mas bem menor que a necessária em novembro de 2008, de 95 horas e 06 minutos.

A mesma situação pode ser vista quando se considera a relação entre o salário mínimo líquido – após o desconto da Previdência Social – e o custo da cesta: em novembro, a compra da cesta comprometia 39,24% do salário mínimo líquido, em outubro os mesmos produtos exigiam 39,31% do rendimento líquido e em novembro de 2008 o comprometimento correspondia a 46,99%.

Com informações do Dieese

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