Comerciantes do Ceasa reclamam das vendas no São Pedro
As vendas dos tradicionais produtos juninos durante o São Pedro não estão agradando os comerciantes da Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa). O movimento durante a manhã deste sábado, 29, está bem tranquilo e as vendas bem tímidas. Quem ainda não fez suas compras para as comemorações do último santo do ciclo junino, podem ir até o Ceasa que estará aberto até as 18h.
A oferta de milho, principal ingrediente das comidas juninas, é grande na Central de Abastecimento. A mão do milho, composta por 50 espigas, custa de R$ 20 a R$ 25. “Ficaremos aqui até a hora que fechar o Ceasa para tentar vender tudo, mas as vendas estão fracas. Acho inclusive que ano passado as vendas no São Pedro foram melhores, deve ser porque o dia de São Pedro caiu no final de semana e as pessoas devem ter aproveitado para viajar”, diz a comerciante Vanessa Nascimento.
Vendedor de amendoim há 12 anos, José Wilson explica que o São Pedro é sempre assim, as vendas são bem mais fracas, e que o forte é o São João. “As pessoas costumam comemorar mais o São João mesmo, fazem festas em casa, acendem fogueiras, mas São Pedro é diferente, sempre as vendas são mais fracas. A gente vem vender para não ficar com a mercadoria em casa porque o que vendemos hoje é basicamente para pagar o valor da banca”, conta.
Outros dois produtos bastante consumidos nesse período são a laranja e a tangerina. A vendedora Lilian Dias, ao contrário dos colegas feirantes, está bem contente com as vendas. “Não tenho do que reclamar, São João vendi muito e as vendas para São Pedro não estão ruins. Acredito que até o final do dia consigo vender tudo”, comemora.
O funcionário público, Paulo Oliveira, aproveitou a tranquilidade do sábado no Ceasa para comprar alguns produtos típicos. Ele conta que vai receber uns amigos em casa logo mais a noite. “Esse ano a comemoração será lá em casa, então deixei para comprar hoje uns amendoins, milho, coco, e levar tudo mais fresquinho. Todos os anos sempre compramos esses produtos porque como bons nordestinos adoramos as comidas do período junino”, explica.
Por Karla Pinheiro