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O distanciamento social colocado para os brasileiros como medida de proteção contra o Covid-19, vírus que atinge países numa escala mundial, tem provocado fenômenos de proporções inéditas nas relações pessoais e profissionais. No Brasil e no mundo, a experiência da conectividade virtual nunca foi tão utilizada quanto agora. Vídeoconferências, entretenimento em sites com vídeos, serviços de streaming e redes sociais são atividades que estão em alta – e provocaram uma explosão no sistema de tráfego de dados por todo o mundo.
Com um novo cenário de consumo de internet, empresas e operadoras de telecomunicações estão adotando estratégias para comportar toda a demanda de usuários e para que os serviços sejam mantidos. “Se tratando de demanda de internet, nós tivemos uma alta enorme quando houve a queda das Torres Gêmeas, nos EUA. Mas, sem dúvidas, esse é o momento de maior demanda por internet da história”, mensura Andrés Menéndez, professor e superintendente de TI da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Menéndez usa como exemplo o próprio setor de TI da Universidade. “Tínhamos uma experiência com oito vídeoconferências, após esse distanciamento, já subimos para 350 no nosso setor. É uma exigência ao nosso sistema que nunca havia acontecido nessa proporção”, explica.
O mesmo acontece de uma maneira geral, no País. Com muitas empresas autorizando o trabalho remoto (home office) para seus funcionários, o uso da internet para fins profissionais, com reuniões em vídeos, por exemplo, chega a números recordes. “São os vídeos que mais consomem internet. A gente tem visto todo mundo se comunicar por vídeo, isso naturalmente exige bastante e a gente começa a sentir uma diferença. Eu, por exemplo, tenho uma TV com tecnologia 4k e outra inferior. Nesse período de alta demanda, não tenho mais observado diferença de qualidade ao assistir um serviço de streaming em ambas”, afirma Menéndez.
A explicação está na estratégia que vem sendo adotada pelas empresas do ramo. Alguns serviços de streaming já anunciaram que retiraram a qualidade HD dos seus produtos para reduzir o consumo de banda larga.
Existe risco de colapso da internet?
Apesar da alta demanda, o professor Andrés Menéndez considera essa possibilidade como remota. “Há sim uma demanda muito alta, o sistema nunca foi tão exigido, mas as empresas e operadoras têm uma gordura para queimar e estão trabalhando para lidar com esse cenário”, diz.
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Que tipo de lição deve ser tirada desse período de alta conectividade?
Para Menéndez, mais do que nunca a internet e as tecnologias vêm mostrando o quanto podem ser aliadas da população. “É um momento em que as pessoas devem manter o distanciamento, mas a internet permite que você tenha um diálogo face a face, por exemplo, como esse que estamos tendo agora. (a entrevista foi por chamada de vídeo) Seja para dialogar com um familiar ou colega de trabalho, esse é um recurso que podemos sempre utilizar, assim como as empresas podem considerar e, quem sabe, remodelar seu mecanismo de trabalho”, analisa o professor.
Por Ícaro Novaes
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