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(Foto: divulgação) |
Em virtude da adequação dos postos de combustíveis da capital sergipana a mais um reajuste da gasolina e do diesel, a opinião dos consumidores se firma comumente numa única palavra: insatisfação. De acordo com o anúncio emitido na última semana pela Petrobras, o acréscimo dos valores se dá em 4% e em 8%, respectivamente, nas refinarias.
A mudança implica no aumento de R$ 0,05 para os consumidores do diesel, sendo o litro agora comercializado por uma média de R$ 2,53, sujeito a acréscimo nos próximos dias. Quanto à gasolina, o reajuste será numa faixa de 5%, tendo esse processo a ser vigorado a partir dessa terça-feira, 3, e praticado nas bombas, já que a rede de combustíveis ainda está em processo de adequação nos postos de cada região.
De acordo com o estudante André dos Reis, a redução dos impostos estaduais seria uma alternativa para tornar mais
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André dos Reis: aumentos se dão em função do peso da carga tributária incidente sobre o produto (Fotos: Portal Infonet) |
acessível aos sergipanos o abastecimento sem custos excessivos. “Comparado às taxas encontradas em estados vizinhos, como a Bahia, o custo dispensado para a aquisição da gasolina é bem superior. Tal discrepância se deve, essencialmente, ao peso da carga tributária incidente sobre o produto. Fato esse que não está associado, necessariamente, à redução do consumo, uma vez que as pessoas não hesitam em fazer uso de automóveis”, declarou o estudante.
Segundo o taxista Orlando Cavalcante, 31 anos, para o consumidor que precisa abastecer com mais freqüência, o ideal é optar pelo gás natural veicular (GNV), embora seja uma alternativa que se associa ao uso da gasolina. “Acredito que não seja aceitável um reajuste nessa época do ano, em que tivemos um último da gasolina na faixa de 6,6%, vigorado em 30 de janeiro. Mesmo considerando a diferença de valores pagos em outras localidades, o povo brasileiro poderia esperar por uma despesa orçamentária adicional por volta de 2014”, salientou.
Venda recorde
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Orlando Cavalcante aguardava próximo reajuste em 2014 |
Análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, uma parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da UFS, a partir dos dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), indicou que, em setembro deste ano, as vendas de combustíveis foram as maiores para o mês em 13 anos. Em agosto deste ano, as vendas também haviam sido as maiores para o mês, revelando o bom momento vivido pelo segmento no Estado.
O volume de vendas foi de 75,8 milhões de litros de combustíveis comercializados, no mês analisado. Em termos relativos, houve expansão de 6,2% ante as vendas do mesmo mês do ano passado. No comparativo com o oitavo mês do ano, o total vendido foi 2,3% menor. Vale lembrar que o mês de agosto foi o melhor mês em vendas este ano.
Combustíveis comercializados
Com exceção do etanol, todos os combustíveis tiveram alta nas vendas quando comparado com setembro de 2012. A gasolina, por exemplo, alcançou a maior venda já registrada para o mês em 13 anos, ao superar mais de 30,3 milhões de litros vendidos. Em relação a setembro do ano passado, houve avanço de 7,5%. Quando comparado ao mês de agosto, as vendas caíram 3,0%.
As vendas do óleo diesel alcançaram 30,1 milhões de litros, elevando-se 6,0% no comparativo anual (setembro/2012). Em relação ao oitavo mês de 2013, houve pequena queda de 0,8%.
A comercialização do etanol hidratado foi 2,9% menor, enquanto que as vendas do querosene de aviação avançaram 0,3%, ambos sobre setembro do ano passado. No comparativo mensal, as vendas do etanol mantiveram-se, praticamente, estáveis, e para o querosene houve alta de 1,5%.