Costura e bordado geram renda para mulheres de Sergipe

Costura e bordado geram trabalho e renda para mulheres do interior SE  (Foto: Pronese)

Mulheres do interior sergipano estão vencendo o desemprego e a ociosidade com a realização de atividades de costura e bordado. Os projetos de criação de pequenas fábricas de confecções e bordados surgiram das próprias costureiras que apresentaram proposta ao governo e receberam recursos financeiros para desenvolverem seus projetos.

A iniciativa das mulheres foi apoiada pelo Governo do Estado por meio da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe – Pronese, órgão executor da Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural, que investiu o valor de R$ 2.014.914.71, na realização de 29 projetos de aquisição de máquinas para indústria de bordados, construção de mini-indústria de confecção e centro de artesanato, em 22 municípios. Estes projetos estão melhorando a qualidade de vida das comunidades e gerando oportunidade de trabalho para mais de 1.300 famílias.

Os recursos para os investimentos dos projetos foram originados do Projeto de Combate á Pobreza Rural – Prosperar, realizado através de uma parceria firmada entre o Governo Estadual e o Banco Mundial, gerando emprego e renda e trazendo desenvolvimento econômico para os municípios.

Segundo o diretor presidente da Pronese, Manoel Hora Batista, exemplos destas iniciativas produtivas estão nos municípios de Itabaianinha e Cristinápolis onde as mulheres reunidas em associações já estão se beneficiando. “Essa oportunidade de trabalho está valorizando e capacitando a mão de obra feminina, gerando uma nova expectativa de mudanças para chefes de família e transformando a economia dos municípios em pólos de confecção têxtil, explicou o presidente da Pronese.”

Pólo de confecção em Itabaianinha

O presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável do município de Itabaianinha – Condem, Lourival Ribeiro da Costa, comentou sobre o sucesso que tem sido a parceria entre as associações comunitárias com o Governo do Estado, através da Pronese e a prefeitura local.

Segundo ele, “vários projetos foram solicitados para melhorar a qualidade de vida dos povoados, sendo que os projetos de confecção são os mais bem sucedidos e já é uma realidade que fortalece o Pólo de Confecção de Itabaianinha, uma marca na economia do município que recebeu recursos para execução da mini-indústria de costura nos povoados Periquito, Monte Alegre e Travessão.

Nilma Silva Santos, Presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Periquito, diz: “nós costureiras, estamos satisfeitas e com esperança na nossa mini-indústria de costura e bordados. Aqui trabalhamos animadas e na expectativa de melhorar a nossa qualidade de vida. Antes, as mulheres do povoado não tinham oportunidade de emprego, mas agora, com as costuras e bordados estamos ocupando o nosso tempo e tendo uma renda para ajudar nas despesas de casa.

Estamos produzindo cobertores, cortinas, conjuntos de cozinha e banheiro, vestimenta para festas juninas, roupas masculina e feminina, colchas bordadas com apliques. Vendemos nossas confecções nas feiras e por encomenda.  Cada costureira ganha, no mínimo, um salário que significa investimentos nas nossas vidas de trabalhadoras e queremos dar mais oportunidades para que outras mulheres venham trabalhar na confecção.

Confecção e bordados em Cristinápolis

Geane Cristina de Oliveira, líder comunitária e membro fundadora da Associação Cristinapolitana de Artesanato do município de Cristinápolis, comenta que, “em 2003 um grupo de mulheres resolveu se reunir e colocar em prática o da comunidade: buscar ocupação profissional para as mulheres e também melhorar a autoestima, trazendo qualidade de vida para as famílias e desenvolvimento para o povoado”, disse a líder comunitária.

“Nós da associação nos organizamos e fomos participar de reunião do Condem (Conselho de Desenvolvimento Municipal). Levamos a ideia do nosso projeto ‘criando e preservando a nossa arte’ e chegamos até a Pronese. Foi feita uma análise da demanda e da realidade da comunidade pelos técnicos do governo e, com o projeto aprovado, foram liberados os recursos no valor de R$ 42.494,69. Com este dinheiro compramos 13 máquinas, equipamentos, mobiliários e matéria prima (tecidos e linhas).

As costureiras também estão multiplicando o conhecimento. Elas estão realizando oficina de fuxico para 100 mulheres na escola técnica, por meio do ‘Projeto Mulher Mil’, com aulas duas vezes por semana e também estamos com o projeto ‘Costurando com carinho temos renda familiar’.

E assim, as mulheres da comunidade estão transformando o sonho em realidade.  A associação está capacitando as artesãs, artesãos e costureiras na produção de bolsas artesanais, porta retratos reciclados, bordados, jogos americanos de fuxicos, roupas de quadrilhas, capas de almofadas, colchas de retalho, jogos para banheiros, aventais para merendeiras, lençóis e arranjos de flores recicláveis.  Participam da associação uma média de 90 pessoas cadastradas para o empreendimento, criação e preservando nossa arte”, finalizou Geane Cristina.

As costureiras ficam satisfeitas com o resultado final desse trabalho e mais ainda, com a remuneração no valor de um salário mínimo e meio.  A associação está confiante na geração de emprego e renda para as mulheres da comunidade. O prefeito Raimundo da Silva Leal está otimista e apoiando os trabalhos das associações e eu, como agente intermediária dos trabalhos me sinto realizada com os resultados de uma parceria que está dando certo, abrindo oportunidades para as chefes de família, finalizou Ednalva.

Maria Helena dos Santos, costureira, bordadeira, “nasci em Cristinápolis, fui trabalhar em São Paulo e depois de um tempo voltei para minha cidade e fui trabalhar como trabalhadora rural. Hoje em dia, estou me realizando com o trabalho de costura  junto com as quinze costureiras da associação. Estamos produzindo aventais para as merendeiras das escolas municipais, lençóis para creche e hospital, além das encomendas de  toalhas,  bolsas para eventos e vestimentas para festas juninas.

Estamos na expectativa de um novo curso de capacitação de costuras, através da parceria da associação com o Sebrae e  com esperanças de  transformar a confecção em um pequeno negócio ou numa cooperativa, finalizou Maria Helena.

Fonte: Pronese

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