Covid-19: supermercados sofrem menos impactos mas demite funcionários

Supermercados anunciam demissões (Foto Ilustrativa: MPE/SE)

O isolamento social e as demais consequências decorrentes da pandemia declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em função do coronavírus trouxe impactos perversos para a economia. Em Sergipe, vários segmentos foram abalados e o setor de supermercados foi menos afetado. Mesmo assim, o faturamento e as vendas continuam em queda, segundo observações do presidente da Associação Sergipana de Supermercados (Ases), Anderson Cunha.

Como consequência, conforme o presidente, os empresários do setor já estão antecipando férias e até promovendo demissões de funcionários em função da queda de receita que estão enfrentando desde o mês de março quando declarada a pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em função do avanço do coronavírus que já matou oito em Sergipe e outros tantos milhares no mundo. Ele garante que as vendas estão apresenta queda de algo em torno de 20% na capital e de um índice que supera os 25% no interior.

O presidente da Associação de Supermercados reconhece a ocorrência de aumento nas vendas logo no início da pandemia, mas ele garante que nesse segundo momento, as vendas começam a cair em função do isolamento social decorrente da pandemia. Ele observa que, no início, as pessoas correram às lojas temendo um desabastecimento, realizaram estoques e agora o movimento nesses estabelecimentos comerciais começam a cair. “As pessoas fizeram estoques e agora não estão mais pegando conduções estão preferindo as lojas da periferia”, diz.

Estatística

Os últimos dados revelados pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), tomando por base na emissão de notas fiscais, que na primeira quinzena deste mês, se comparado com o mesmo a segunda quinzena do mês de março, a queda nas emissões de notas fiscais ficou no patamar de 6,6%, abaixo de outros setores analisados.

Conforme a estatística da Sefaz, se observar o desempenho dos estabelecimentos na primeira quinzena de abril, observando o mesmo período, a primeira quinzena, do mês de março, percebe-se uma queda de 23,89% nas vendas. “A média diária passou de R$ 13.438.914,20 para R$ 10.228.776,12 entre este período”, destaca parte do relatório da Sefaz, fazendo referência aos valores destacados nas notas fiscais (NFC-e) emitidas.

Comparando-se as duas primeiras semanas de abril, também houve uma queda no número de NFC-e emitidas, porém, um pouco menor: nesse caso, 11,06%. A média diária do valor das notas emitidas na primeira semana de abril foi de R$ 98,31 e na segunda semana R$ 84,09.

Comparando-se as duas primeiras semanas de março, cujo valor total de NFC-e emitidas foi de R$ 571.522.335,36, com as duas primeiras semanas de abril, identifica-se uma diminuição de 25,89% do valor total das notas emitidas. Porém, nesse mesmo período, os valores de notas emitidos no Setor de Supermercados e similares passou de R$ 186.382.068,91 para R$ 189.341.522,52, representando um aumento de 1,59%.

Ao se comparar os dezesseis primeiros dias de abril dos anos de 2019 e de 2020, há uma redução de 26,52% no volume total de emissão de NFC-e no período, já no setor de supermercados e similares essa redução foi de apenas 0,06%.

 

Por Cassia Santana

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