Crea diz que fechamento de fábrica afetará o agronegócio

Arício Resende alerta que o fechamento da fábrica afetará a soberania alimentar 

O possível fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE), localizada no município de Laranjeiras é uma ameaça à soberania alimentar, ao agronegócio e a economia do Estado. É o que afirma o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), engenheiro agrônomo, Arício Resende Silva ao se referir ao anúncio feito pela Petrobras sobre o encerramento das atividades da unidade previsto para ocorrer no próximo mês de junho.

Arício Resende destaca que o fechamento vai implicar no fim de quase 800 postos diretos de trabalho, sem contar nos impactos negativos em toda cadeia produtiva. “É uma situação preocupante, resultado de uma política de desinvestimento na Petrobras de Sergipe. Entendo que a Fafen e as demais fábricas de fertilizantes da Petrobras instaladas no Brasil são estratégicas para um País que se propõe a ser o celeiro do mundo”, disse ele.

O presidente do Crea-SE  ressalta que a atuação  da Fafen-SE gera um ciclo econômico expressivo pelas atividades que são executadas, tanto do ponto de vista da arrecadação de impostos, como no da geração de uma economia produtiva com fornecedores, prestadores de serviços, empresas que dão suporte a operação, e principalmente, as diversas fábricas de fertilizantes que estão instaladas no entorno da Fafen pela proximidade de acesso a matéria prima produzida pela unidade. “Com o fechamento da Fafen, essas fábricas também irão embora. É uma notícia ruim em todos os aspectos”, enfatiza o engenheiro agrônomo, Arício Resende.

A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe entrou em operação em outubro de 1982. Ocupando uma área de 1 Km², a fábrica produz amônia, ureia fertilizante, ureia pecuária, ureia industrial, ácido nítrico, hidrogênio e gás carbônico. Hoje sua produção anual consiste em 900 mil toneladas de amônia; 1, 1 milhão de ureia; 36 mil toneladas de ácido nítrico e 150 mil toneladas de gás carbônico.
“ A decisão de fechar a FAFEN é incompreensível e lamentável. Hoje, o Brasil importa mais de 60% dos fertilizantes que utilizamos. Ao vender ou encerrar a produção de nossas fábricas, ficaremos refém do mercado internacional. Isso é inaceitável”, afirmou o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe, engenheiro agrônomo, Arício Resende.

Petrobras

A assessoria de comunicação da Petrobras informou ontem por nota que vai hibernar a fábrica de fertilizantes nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE) até o final do primeiro semestre de 2018, conforme anunciado em setembro de 2016 quando a empresa decidiu sair integralmente do setor de fertilizantes. A fábrica deixa de produzir, mas terá todos os seus equipamentos mantidos e conservados. A decisão de encerrar as atividades produtivas da Fafen-SE se deve às perspectivas de perdas da Petrobras com esta operação. Em 2017, a Fafen-SE apresentou resultado negativo de cerca de R$ 600 milhões.

Fonte: Ascom Crea

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