Crise: economista aconselha pagamento à vista

Na crise, a melhor opção é pagamento à vista e usufruir de descontos (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

Os rotineiros compromissos financeiros que surgem no início do ano devem, prioritariamente, ser pagos à vista, levando em consideração o patamar de descontos que os poderes públicos geralmente concedem aos contribuintes. O alerta vem do economista Luiz Moura, técnico do Departamento Intersindical de Estatística e de Estudos Socioeconômicos (Dieese), levando em consideração a crise e a mudança do calendário de pagamento dos salários e da gratificação natalina dos servidores públicos estaduais.

O economista prevê dificuldades pelo menos no primeiro trimestre de 2016 e vê que a instabilidade política está interferindo diretamente na vida econômica do brasileiro. Moura acredita que os reflexos são visíveis nos postos de trabalho. Segundo o economista, até o mês de novembro, o número de demissões foi bem maior que as admissões, cenário que vai prevalecer enquanto houve esta instabilidade política, conforme observou.

De acordo com Moura, até novembro foram registradas 103 admissões contra algo em torno 106 demissões. “Temos aí um saldo negativo de 2.961”, destacou. “Para o consumidor ter tranquilidade, é necessário haver uma definição na política”, considerou.

Precauções

Para Luiz Moura, a condição financeira do contribuinte conduzirá a  decisão pela melhor forma de quitar os débitos e, diante da instabilidade, a cautela é a melhor opção no momento de contrair novos gastos. Mas, tendo os recursos referentes aos impostos anuais, o contribuinte deve optar pelo pagamento à vista em função dos descontos que geralmente são oferecidos. E, não tendo, o melhor é optar pelo parcelamento e nunca por empréstimos. O Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) é um destes exemplos.

A Prefeitura de Aracaju já está autorizada a reajustar o imposto em 30%, mas ainda não oficializou se concederá o desconto para o pagamento à vista, que normalmente gira em torno de 10% para os contribuintes que não possuem débito com o município. “Havendo este desconto, é melhor optar pelo pagamento à vista porque nenhuma aplicação financeira dá este rendimento em um período de seis meses”, justifica o economista.

O calendário do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) já foi definido pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que assegura desconteo de 10% para o pagamento à vista. O imposto será pago em janeiro para os veículos de placas com terminação 1 e 2 e a cota única pode ser paga até o dia 29 de janeiro. 

Escolas

Janeiro também é reservado para a matrícula e aquisição de material escolar para aqueles que possuem filhos na escola. Neste caso, conforme o economista, os pais devem ficar atentos para o índice de reajuste da mensalidade escolar, que varia de acordo com a planilha de custo de cada estabelecimento de ensino. “E não aceitar qualquer índice que seja maior que a inflação”, adverte o economista. A inflação está definida em 10,4%, segundo o economista Luiz Moura.

E quanto ao material escolar, o economista observa que os pais devem fazer pesquisa de preço. E, para aqueles que a única opção está nos materiais didáticos produzidos pela própria escola, a alternativa é buscar entendimentos com o estabelecimento para parcelar o débito, conforme adverte o economista.

Calendário

Como o governo do estado modificou o calendário de pagamento dos salários e não efetuou o pagamento da gratificação natalina, o economista Luiz Moura considera que ajustes nos compromissos financeiros serão necessários. O primeiro passo, na ótica de Moura, é modificar a data de vencimento dos cartões de crédito e das contas de telefone, água, luz e outros serviços do gênero, ajustando para o dia 15 de cada mês, já que o governo pagará os salários no dia 11.

Por Cássia Santana 

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