Crise na Fecomércio pode decorrer em paralisação de trabalhadores, avisa entidade

Trabalhadores do comércio ainda não receberam resposta da negociação salarial (Foto: Arquivo Infonet)

Os empregados no comércio aguardam a retomada do processo de negociação salarial com o setor patronal, que no momento passa por uma crise na cúpula da sua entidade principal, a Federação do Comércio do Estado de Sergipe (Fecomércio). A categoria não descarta a possibilidade de paralisação setorizada, semelhante à manifestação realizada dois anos atrás.

“Esperamos ter o processo de negociação retomado o mais breve possível porque a insatisfação dos comerciários é geral em função da falta de reajuste salarial”, afirma o presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe (Fecomse), Ronildo Almeida.

Os representantes dos empregados no comércio observaram que a Fecomércio estava em crise quando os negociadores do setor patronal foram afastados do processo de negociação, nas primeiras reuniões que aconteceram na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. “Aguardamos o entendimento entre a classe patronal. Esperamos que ainda neste mês de julho a Convenção Coletiva seja fechada para que a categoria possa ter aumento salarial, além das condições de trabalho discutidas”, disse Ronildo.

A pauta de reivindicação dos comerciários foi entregue em março e a data-base da categoria é 1º de maio. “Os comerciários estão insatisfeitos pelo descaso que o setor patronal tem tido com os trabalhadores, principalmente os empregados do ramo de supermercadosporque eles sabem que são essas grandes empresas que dificultam e entravam as negociações”, acrescenta o presidente do Sindicato dos Empregados em Supermercados, Manoel Oliveira.

Os empregados em supermercados alegam que têm jornada excessiva, trabalham aos domingos, ganham menos que a média salarial do comércio e os patrões ainda querem que eles trabalhem em quase todos os feriados.

Fonte: Fecomse

*O título foi alterado às 14h29