Deagro comprova que Sergipe continua seguro contra a febre aftosa

A campanha contra a febre aftosa, realizada em novembro do ano passado, vacinou mais de 900 mil cabeças de gado. Esses números correspondem a cerca de 95,76 % da criação de bovinos do Estado, segundo a Defesa Animal da Deagro.

O gerente de Defesa Animal, Paulo Roberto Dias Silva, informou que o índice só não chegou a 100% por falta de registro de alguns pequenos criadores. “Dificilmente esse número chegaria a sua totalidade. Mesmo assim, a não totalidade de animais vacinados, não põe em risco o Certificado de Zona Livre da Aftosa, que o Estado possui. Quando atingimos índice acima de 94% já estamos cumprindo o que manda a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)”, disse ele.

Em Sergipe anualmente são feitos inquéritos sorológicos para detectar a presença do vírus e durante todo o ano os técnicos do Deagro levam aos criadores alguns esclarecimentos sobre a prevenção da doença. “Os nossos criadores já estão conscientizados que a única arma contra a doença é a vacinação. As Campanhas educativas são constantes e realizadas durante todo o ano. É o que chamamos de Educação Sanitária”, revelou Paulo.

Histórico de sucessoDesde 1991 Sergipe não apresenta registro de Febre Aftosa, em 2000, o Estado foi considerado Zona da doença. No nordeste, apenas Sergipe e Bahia possuem esse certificado. Nos meses de maio e novembro é realizada a Campanha de Vacinação em todo o Estado. “A nossa preocupação é que não sejamos surpreendidos com qualquer indício do foco no Estado. Os animais provenientes de lugares com risco da doença são proibidos, por lei, de serem comercializados e transportados para Sergipe. Quando tentam entrar no Estado ilegalmente são abatidos e incinerados, sem qualquer indenização para os proprietários ou transportadores”, revelou o Diretor de Defesa Agropecuária do Deagro, Fernando Albuquerque.

O Governo do Estado tem parceria com a Secretária da Fazenda e da Agricultura e também com a Policia Militar para evitar possíveis passagens clandestinas de gados de outros estados para Sergipe. “Funcionamos em alguns municípios em conjunto com o Posto da Fiscalização Fazendária”, lembrou o Diretor.

Sergipe apresenta uma extensão territorial ampla, existe uma preocupação maior em se criar mecanismos para conter possíveis focos. “Partimos do principio de que todos são honestos, mas existem aqueles que querem burlar nossas barreiras, por isso reforçamos com postos móveis”, disse Fernando.

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