Desabastecimento em supermercados preocupa MPE e Procon

Procon e MPE visitaram supermercados nesta oitavo dia de greve (Fotos: Portal Infonet) 

A falta de alguns produtos em supermercados de rede tem provocado a retirada de bancas e prateleiras nas seções dos estabelecimentos. O desabastecimento é reflexo da greve dos caminhoneiros nas rodovias de todo o país, em seu oitavo dia. Em Sergipe, por exemplo, os setores de hortifrútis dos supermercados já estão bastantes prejudicados. Muitos já retiraram os espaços reservados para tomates, cebolas e hortaliças, por não terem os produtos para repor.

Em Centrais de Abastecimento como a Ceasa, em Aracaju, os poucos tomates e cebolas encontrados são vendidos a cerca de R$ 7,00, preço três vezes maior que o comum nas bancas. Justamente contra esses aumentos abusivos, o Procon Municipal e a Promotoria de Defesa dos Direitos do Consumidor do Ministério Público Estadual (MPE) têm fiscalizado os estabelecimentos para que o consumidor não seja lesado. Na manhã desta terça-feira, 29, a feira livre ao lado da Arena Batistão e dois supermercados no bairro Jardins receberam visita dos órgãos. “Não estamos encontrando problemas relacionados a abusividade de preço, mas o problema com o desabastecimento é grande e preocupante”, afirma a promotora de justiça, Euza Missano.

No setor de hortifrútis, prateleiras foram retiradas por falta de produtos 

A situação se repete em diversos estabelecimentos. Segundo a promotora, os estabelecimentos já estão sem estoques de produtos e, por isso, ela orienta prudência na hora de comprar. “Nós estamos pedindo que haja um consumo racional. É um período de crise e vai passar, mas é preciso prudência para que todos possam consumir adequadamente”, pontua. Segundo essa lógica, alguns supermercados de redes já estão limitando a compra de alguns produtos a cinco unidades por cliente, medida considerada essencial pela promotora.

Informativo na entrada do supermercado alerta para venda racionada

Na visita aos estoques de supermercados nesta terça-feira, as autoridades notaram que, além dos hortifrútis, produtos como leite, achocolatado, papel higiênico e até carne começam a ficar escassos nos estoques.

A crise no abastecimento abre margem para empresários que, ciente da demanda, aumenta exponencialmente o preço dos produtos. O coordenador do Procon alerta que, notada essa situação, o consumidor deve comunicar o órgão. “O consumidor pode fazer esse tipo de denúncia pelo nosso SAC 151. Configurada essas elevações nos preços sem justa causa, que só oneram o consumidor num período de dificuldade, o Procon vai adotar todas providências cabíveis, incluindo as sanções administrativas”, frisou Igor Lopes.

Por Ícaro Novaes 

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