Dia das Crianças é aguardado pelos lojistas da capital

Fluxo nos shoppings e centro comercial aumenta durante período (Fotos: Portal Infonet)

Aguardada pelas crianças, o dia 12 de outubro é uma data também esperada pelos lojistas. Na semana do Dia das Crianças, o comércio em Aracaju recebe grande fluxo de clientes a procura do presente ideal. Segundo dados da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL), 12 de outubro é a 5ª maior data em número de arrecadação no Estado, atrás do Natal, Dia dos Namorados, Dia das Mães e Dia dos Pais. Para este ano, a federação espera um aumento entre 4 e 5% de faturamento com relação ao ano passado.

De acordo com Thiago Almeida, gerente de uma loja especializada em brinquedos de um dos shoppings da capital, a tendência do sergipano é deixar as compras para cima da hora. “A expectativa é que o movimento aumente ao longo da semana, e o dia de maior movimento é o dia 11”, diz. Segundo o comerciante, a loja espera um crescimento de 18% no faturamento de 2011. “A preparação para a data inclui o aumento o número de mercadorias, que triplica. A quantidade de pessoas que frequenta a loja chega a cinco vezes mais”.

Família vai às compras e garante presente com antecedência

O lojista ainda afirma que os produtos mais procurados neste ano são os bonecos dos personagens infantis ‘Patati e Patatá’ e ‘Galinha Pintadinha’. “Para as meninas, as bonecas e seus acessórios sempre são os brinquedos mais procurados. Entre os meninos, a preferência é entre carros de controle remoto, bicicletas e autorama”, explica Thiago.

A professora Maria Auxiliadora Rocha acompanhou o neto para a escolha do presente. “Tenho três netos, e acho que vale a pena presentear mesmo que o dinheiro aperte”, opina. O pequeno Eduardo Lima, 7 anos, não hesitou em escolher seus brinquedos favoritos. “Quero um carrinho e um conjunto de peças para montar. Fico ansioso para chegar logo o dia das crianças, para escolher meu presente”, diz.

O autônomo Carlos André Santos, pai de Eduardo, destaca a importância da negociação entre pais e filhos. “A sorte é que ele é consciente, não pede muita coisa. Mas se ele viesse pedir algo muito caro, que não estivesse no orçamento, eu iria explicar para ele e nós chegaríamos a um acordo”, afirma.

Shoppings investem em programações para a 'Semana da Criança'

Para quem quer economizar no presente, o centro comercial é o local mais procurado. Jailton Santos, gerente de uma loja de bijouterias e iniciante no ramo de brinquedos, explica o motivo do novo investimento.

“Vimos que as vendas aumentam durante o período, e percebemos que esse seria um espaço em que poderíamos nos encaixar. Por isso, colocamos brinquedos com preços acessíveis, e com 25% de desconto”, conta. Os preços, que variam entre R$ 1,50 e R$ 80 na loja, parecem ter atraído a clientela. “Tem dado resultado. O movimento aumentou, não só aqui como em todo o centro. Mas esperamos que a partir de amanhã venha ainda mais gente”, diz.

A vendedora Jamile Oliveira, mãe de três meninas, acredita que comprar com antecedência é a melhor forma de economizar. “Mesmo que seja uma despesa esperada, sempre pesa na hora da compra. Mas não tem como não comprar, se não as crianças reclamam. Então a saída é vir antes, por que quanto mais o dia se aproxima, maiores são os preços”, expõe.

Vendas

No centro, brinquedos com desconto são opção para quem quer economizar

De acordo com Gilson Figueiredo, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Aracaju, o foco das vendas tem se transformado nos últimos anos no período do Dia das Crianças. “Apesar de ainda ser o produto mais procurado, os brinquedos estão perdendo lugar para o ramo de confecções e eletrônicos. Isso acontece por que as próprias crianças estão mudando de opinião na hora de escolher o presente”, relata.

O presidente da Federação tambémd estaca que houve mudança também entre o perfil de compra durante a data. “Uma faixa da população que antes não tinha acesso ao comércio está entrando na parcela dos clientes. São as classes C e D, que estão ganhando espaço”, afirma.

Por Nayara Arêdes