Economia Criativa

Saumínio Nascimento

Um novo conceito deverá figurar no futuro na história das doutrinas econômicas, será o da economia criativa. É um conceito que está se tornando comum neste início do século XXI e que inclui outras terminologias, a exemplo de indústrias criativas.

A publicação marcante do tema é o livro The Creative Economy, de John Howkins, que aponta a economia criativa como o conjunto das atividades que inserem a criatividade, a inovação e o capital intelectual como os principais fatores de produção. Alguns setores que exigem tais características são artesanato, ciência e tecnologia, cinema, museus, música, teatro, etc.

Já existem na Austrália e Reino Unido,  cursos de bacharelado em Indústrias Criativas e pelo mundo, diversos eventos ligados ao tema estão sendo realizados, como é o caso mais recente do Fórum Rio + 20 em que a economia criativa terá destaque central em diversas discussões.

No sistema capitalista que mantem o seu processo de evolução, ainda continuam como fatores de acompanhamento pelas empresas, o preço, a qualidade, a prestação de serviços;porém existem outras variáveis determinantes na resultante, como a criatividade, a imaginação e a inovação, é aqui que entra o que hoje está sendo denominado de economia criativa.

O segmento empresarial terá que ter um olhar mais atento para perceber e inserir no seu processo de funcionamento, novas maneiras e novos princípios organizacionais que incluam a inovação. Mas inovação necessita de talentos e talentos se produz com conhecimento, com produção relacionada a capacidade intelectual de fazer diferente. Nas artes isto já é uma premissa, por isso que a economia criativa vai buscar na cultura, os seus princípios norteadores. Trabalhar direitos autorais, marcas, patentes, design, é inserir a economia criativa no desenvolvimento das atividades.

Educação, atividades científicas e pesquisas, definirão os rumos de uma economia criativa que seja capaz de propiciar uma melhor qualidade de vida e distribuição de riquezas nas novas sociedades.

No sistema SEBRAE, a economia criativa já está sendo merecedora de um acompanhamento, como um segmento de atuação em prol da melhoria da eficiência das empresas que são atendidas pelo SEBRAE.

Vale registrar que no Ministério da Cultura, foi criada uma Secretaria de Economia Criativa, que está consolidando o seu modelo de atuação e possui um plano de trabalho com políticas, diretrizes e ações para construir um Brasil mais criativo.

* Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Sergipe.

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