Economia tende a melhorar só no segundo semestre de 2017

(Foto: Arquivo Portal Infonet)

Para o presidente da República, Michel Temer, as medidas econômicas só terão resultados positivos a partir do segundo semestre do ano que vem.  Essa conclusão foi feita durante entrevista coletiva realizada nesse domingo, 27, em Brasília, que também contou com as presenças dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e do Senado Federal, Renan Calheiros para um denominado “ajuste institucional” entre as casas.

O Chefe do Poder Executivo afirmou ainda que é fundamental dar a devida atenção aos problemas econômicos, com a certeza de que eles não serão sanados de uma hora para outra. “A equipe econômica está trabalhando ativamente. Não estamos parados, estamos trabalhando para gerar o crescimento”, afirmou Temer.

No entanto, o Relatório Focus – levantamento semanal feito com mais de cem instituições financeiras do país pelo Banco Central – revelou estimativas desanimadoras. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, a expectativa é de encolhimento de 3,49% em 2016, sendo que essa previsão recuou 0,09% com relação há expectativa de quinze dias atrás. E para 2017, a previsão baixou de 1% para 0,98%.

Ainda segundo o Focus, a inflação estimada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2016, ficará em 6,72% ainda distante da meta estabelecida pelo Banco Central que é de 4,5%. Para 2017, a previsão é de 4,93%.

De acordo com o Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES), Eduardo Prado de Oliveira, em consonância com o pensamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), "o país precisa urgentemente desses ajustes para que o país volte a crescer, visto que a última Sondagem Industrial mostrou que a produção vem caindo, assim como o número de empregados. Se não bastasse a produção em baixa, também observamos uma alta ociosidade e a operação abaixo do usual por meses consecutivos, o que aumenta o pessimismo entre os industriais”, pontua Oliveira.

Para a FIES, além de enfrentarem um quadro anêmico na produtividade, as indústrias também estão atentas às medidas locais, como a diminuição dos incentivos fiscais nos estados, que podem influir negativamente para o setor.

Fonte: UNICOM/FIES

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