Economista associa queda do PIB à corrupção

Plateia no TCE para debater efeitos da corrupção (Fotos: Portal Infonet)

O economista Otaviano Canuto, diretor executivo do Banco Mundial para o Brasil, analisa que a corrupção destrói a capacidade do setor público e prejudica também a iniciativa privada, na medida em que os projetos públicos são escolhidos de acordo com a capacidade de gerar corrupção. “Quando se tem corrupção, a economia do país e o setor privado também, que oferta os serviços, ficam prejudicados, há uma paralisia”, analisou.

Otaviano Canuto revelou que o Brasil possui um esquema sofisticado para burlar a concorrência pública e revelou que a Petrobras retirou do seu balanço mais de R$ 110 bilhões, reconhecendo que a destinação dada a estes recursos seria falsa, servindo como exemplo de um efeito de decisões de investimentos que não miram os resultados, mas se firmando como um meio de se criar oportunidade de corrupção.

O economista classifica como anomalia o fato de diretores de relações institucionais serem melhor remunerados do que o diretor de produção nas empresas e enfatizou que, no Brasil, se descobriu um oceano de relações fluidas entre empresas, executivos e políticos que atuam no Congresso Nacional. “E a descoberta desse oceano foi surpreendente, trouxe implicações dolorosas”, ressaltou, considerando que o Brasil teve um declínio de mais de 10% no Produto Interno Bruto (PIB), que tem, em parte, a corrupção como responsável.

Otaviano Canuto: perda do PIB e manobras em benefício da corrupção

Clóvis Barbosa: "decência como regra"

O economista foi um dos palestrantes desta sexta-feira, 1º, dentro das atividades do Fórum Brasil Ético, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE). O economista sergipano que atua no Banco Mundial falou sobre “o impacto da corrupção na economia brasileira”. O presidente do TCE, Clóvis Barbosa, fez um resumo das atividades realizadas pela Corte de Contas em Sergipe para inibir iniciativas que incentivem a corrupção, destacando como ponto primordial a transparência pública. “Que a decência se torne a regra de comportamento e a corrupção a exceção”, enfatizou Barbosa ao encerrar o seminário.

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria da Petrobras que se comprometeu em ainda hoje enviar uma nota ao Portal. A reportagem permanece à disposição pelo (79) 2106-8000 ou pelo jornalismo@infonet.com.br

Por Cássia Santana

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Clique no link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acessos a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais