Apresentando uma queda bastante significativa esta semana, o dólar comercial encerrou a última terça-feira, 25, sendo vendido a R$5,527, o que representa um recuo de R$0,067. Considerando as frequentes oscilações da moeda americana, o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Luiz Moura, ressalta os impactos que essas alterações trazem para os brasileiros.
“O brasileiro pensa que o dólar está distante dele, acreditando que por ser uma moeda americana não terá influência alguma, mas as nossas relações internacionais são baseadas nele, assim como todas as transações, viagens e cartões de crédito, por exemplo”, explica. Segundo o economista, o aumento do dólar significa o “empobrecimento do brasileiro” e está diretamente relacionado com o nosso cotidiano.
De acordo com o profissional, é possível sentir os impactos dessas oscilações em atividades comuns do dia a dia, assim como as alterações no preço do pão, considerando que o trigo é um produto que o Brasil não produz. “A moeda americana regula o mercado internacional e as importações, aumentando no real os preços dos produtos que não são produzidos aqui”, afirma. No caso de produtos como soja, milho e carne, exportados por brasileiros, Luiz afirma que a cada vez que o aumento do dólar o agricultor recebe mais, também como uma consequência direta dessa alteração.
Pelas últimas perspectivas diante da queda do dólar, o economista acredita que, caso a moeda internacional volte ao seu patamar normal, os preços dos produtos importados podem apresentar uma redução bastante significativa ainda este ano. “O natal pode ser mais barato, mas os nossos exportadores podem perder muito dinheiro, já que o dólar estará mais desvalorizado”, conclui.
por Juliana Melo e Ícaro Novaes
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