Em 11 anos o número de doutores em SE aumenta para 1.100

O aumento do número de pós-graduações foi em torno de 570% (Foto: Arquivo Portal Infonet)

A universidade Federal de Sergipe (UFS) aumentou em torno de 570% o número de pós-graduações. Ou seja, a quantidade de cursos de mestrado subiu de seis para 49 cursos. Já os cursos de doutorado aumentaram de um para 16 cursos. O aumento, segundo o pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lucindo Quintans, é bastante expressivo, levando em consideração que em 2006 a UFS tinha menos de 200 doutores e atualmente já conta com 1.100 doutores.

"Tudo isso trouxe novas tecnologias para o Estado de Sergipe, novas competências, grupos consolidados, pessoas com experiências internacional que trabalham na área de fronteira do conhecimento científico, pessoas com nanotecnologia, com ciências aplicadas, com interação com o setor produtivo e isso em muito pouco espaço de tempo", comemora.

Entre as pesquisas desenvolvidas pelos doutores e mestres da UFS está o desenvolvimento de uma película (filme) para tratamento de pessoas vítimas de queimaduras. O projeto já foi testado no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) e as aplicações feitas apresentaram resultados muito melhores do que os de medicamentos que já estão no mercado.

O desenvolvimento de detectores de agrotóxicos na cultura da laranja é outro estudo de responsabilidade dos estudantes de física da UFS que está em andamento, segundo explica Lucindo Quintans. "Esses detectores possibilitam um diagnóstico fácil e rápido que apobta se a laranja está contaminada por agrotóxico e qual é o grau de contaminação. Isso simplesmente colocando uma gota d'água em cima de um chipe num processo muito rápido", disse.

Falta investimento

Lucindo Quintans lamenta apenas o fato de muitos desses produtos resultados de grandes e eficientes pesquisas elaboradas pelos estudantes, mestres e doutores da UFS não chegaram ao mercado por causa da falta de investimento dos governos federal, estadual e municipal. "Infelizmente falta uma interação com o setor produtivo para viabilizar esses produtos para o mercado. Várias ciências já estão num estado de desenvolvimento maduro", afirma.

Ele informa que é necessário aumentar a quantidade de bolsas de pesquisas. "Nós temos hoje em torno de 17% dos alunos de mestrado e doutorado, que são bolsistas. E a dedicação desses alunos quando bolsistas é muito maior", diz.

De acordo com ele, não se pode promover um aumento de pós-graduação no menor Estado da Federação sem dar um suporte maior em termo de financiamento para a pesquisa. "Essa é a nossa grande preocupação com todos os setores envolvidos. E quem sai ganhando com a aplicabilidade direta dos projetos desenvolvidos é a população. Portanto, é preciso trazer recursos para o Estado", informa. 

Por Moema Lopes

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