O número de mulheres que abriram os próprios negócios tem aumentado bastante nos últimos anos. Dados de 2021 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) mostram que aproximadamente 3 milhões de mulheres brasileiras empreendem formalmente (possuem registro legal do negócio) e mais de 6 milhões são empreendedoras informais.
Segundo Andrews Veikman Nunes Caetano, economista e docente do Centro Universitário Estácio em Sergipe, é importante salientar que as mulheres ocupam um grande espaço no mercado empreendedor no Brasil. “Devemos reforçar o quanto elas podem movimentar em termos econômicos, além dos desafios enfrentados no mercado de trabalho e na divisão das responsabilidades de casa, questão essa ainda encarada como um tabu na sociedade brasileira”, destaca o especialista.
Ainda de acordo com a PNADC, boa parte das mulheres que empreendem formalmente estão trabalhando por conta própria em negócios individuais, ou seja, sem empregados ou estrutura que lhes dê suporte. Esse número é de cerca de 70% das empreendedoras formais. Nesse sentido, Andrews destaca o papel que essas mulheres exercem no seu entorno. “Podemos entender que a mulher empreendedora é uma figura de mudança na comunidade, sendo responsável por trazer desenvolvimento local, função importante que ela assume ao tomar para si o papel de protagonista na sua história”, destaca o economista.
Alguns segmentos têm se tornado tendência para o empreendedorismo no ano de 2023 e a maior representação desse público está nos setores de serviços, sendo os principais: beleza e estética, moda e alimentação. “O Brasil se destaca como o 4º maior mercado de beleza do mundo e esse importante resultado se deve a muitas empreendedoras que investem em cursos de qualificação para seguir avançando e se destacando no setor”, explica Andrews. “Já o segmento de moda é tradicionalmente ocupado pelas mulheres”, complementa.
Ou seja, apesar dos diversos desafios, é muito importante reconhecer o espaço que as mulheres ocupam no mercado empreendedor e o potencial que os seus negócios possuem de contribuir com a economia. “Existe avanço na participação das mulheres no mercado, seja nos setores formais ou informais, essa é uma tendência que não irá recuar, acompanhamos progressos significativos na conquista de direitos até o protagonismo na sociedade, entendemos que ainda existem muitas lutas a serem travadas, mas que serão vencidas”, finaliza o especialista.
Fonte: Estácio Sergipe
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