A alta nos preços dos insumos da construção civil tem sido motivo de grande preocupação de empresários deste setor. A pandemia do coronavírus ocasiona, desde março, um desabastecimento agravante em materiais essenciais como o cimento, aço e tubo de PVC. De acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, de março a setembro de 2020, apenas o tubo de PVC teve um aumento de inflação de mais de 73%.
Em Sergipe, associados da Associação Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Privadas – ASEOPP se reuniram no último dia 18 para promover um diálogo aberto acerca destes problemas enfrentados. Órgãos como a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade – SEDURBS, Caixa Econômica Federal e Empresa Municipal de Obras e Urbanização – EMURB, também se fizeram presentes através de seus gestores.
O evento teve abertura do presidente da ASEOPP, Luciano Barreto, que apresentou na ocasião as frentes de responsabilidade social do Instituto Luciano Barreto Júnior, inteiramente mantido pela Construtora Celi. Dr. Luciano abordou o atual descontrole de preços dos materiais de construção e de quão importante é reequilibrar os contratos para fazer jus à alta na precificação. “A construção civil é mola propulsora na geração de empregos e tem um papel vital na economia. Nossa preocupação é expor essa realidade para conscientizar as pessoas que podem pensar no menor preço sem levar em conta, a qualidade da obra”, ponderou.
Ele citou os acórdãos do Tribunal de Contas da União e a luta de 12 anos da ASEOPP para tentar mudar a realidade. “Não podemos conviver com obras paralisadas. Apenas retomar não adianta se as atuais regras não permitem que as obras fiquem prontas,” desabafou Dr. Luciano.
Os técnicos da Caixa Econômica Federal, presentes no encontro, demonstraram-se sensíveis à causa. Diego Carraro, Superintendente da Caixa em Sergipe, declarou que esta foi uma reunião muito importante. “Ouvimos com receptividade tais questões, que são pertinentes sobre a alta e classificação de preços via Sistema Sinapi. Tivemos também a oportunidade de explicar nosso processo técnico e de como é padronizado tais preços. O plano agora é traçar soluções cabíveis para atenuar tal situação. Este espaço foi muito importante para a troca e entendimento dos envolvidos sobre como se dá tal processo,” conta Diego.
Para o vice-presidente da ASEOPP, Francisco Costa, há problemas graves a serem considerados. “A variação cambial, a exemplo do aumento do dólar e euro, cujos países produtores de insumos fornecem para a indústria da construção, foram também acometidos pela pandemia. Com isso, estamos presenciando uma crise global, onde todos os envolvidos sofrem: empresariado e a sociedade, que tem grandes indícios de que não terá a obra entregue no prazo acordado”, conclui Costa.
Na referente reunião, o ex-ministro e ex-presidente da Caixa, Gilberto Occhi, esteve presente.
Fonte: Assessoria/Aseopp
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