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Filas quilométricas se formaram na Fundat da Coroa do Meio (Fotos: Portal Infonet) |
Filas quilométricas se formaram logo cedo na porta da Unidade de Qualificação e Produção Cléia Maria Brandão, da Fundação Municipal do Trabalho (Fundat). Motoristas e cobradores do Grupo Viação Cidade de Aracaju (VCA) estavam inconformados em ter que se submeter a provas de matemática e português, num processo de seleção para a nova empresa de ônibus que irá operar na capital sergipana, a pernambucana Itamaracá.
“Nós estamos à toa, sem que ninguém nos dê uma informação concreta e o que não entendemos é o fato de tanto a secretária Georlize Teles, quanto o prefeito João Alves Filho, ter dado a garantia de que iríamos migrar para a nova empresa. Pensávamos que seríamos submetidos apenas a exames médicos e não a provas, assim de surpresa. Não chega ninguém aqui da Prefeitura, da SMTT para nos dar alguma informação”, lamenta o cobrador Elias Oliveira, que há 12 anos prestava serviço para a VCA.
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Rodoviários chegaram cedo |
“Inclusive, ficamos sabendo que a seleção começou a ser feita ontem (30) e que chamaram só 40 pessoas. A gente só ficou sabendo porque alguns colegas nos informaram”, completa o motorista César Lima.
“O acerto não foi esse. Foi que os funcionários do Grupo VCA iriam migrar para outra empresa e agora botam a gente para fazer provas. Desde cedo que chegamos aqui na Fundat, enfrentamos uma fila dessas no sol sem saber qual será o nosso futuro”, reclama a cobradora da Viação São Cristóvão.
Contraponto
No local, a diretora de empreendedorismo da Fundat, Alzira Leite informou que os funcionários estão tomando pé da situação. “Acredito ser uma prova de praxe. Estamos tomando pé da situação para que todos sejam atendidos a contento”, ressalta.
Já a diretora-presidente da Fundat, Gláucia Guerra explicou que a Fundat apenas cedeu o espaço. “Nós só estamos cedendo a estrutura física, inclusive já liguei para a Secretaria de Defesa Social para solicitar que enviem alguém para que possa dar informações ao pessoal, a secretária Georlize está em uma audiência, falei até mesmo como o adjunto, o Ari, mas até agora ninguém apareceu”, enfatiza.
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Elias e César preocupados |
Já a assessoria da Secretaria de Defesa Social, explicou que o processo seletivo é da própria empresa de Pernambuco e que nem a secretária Georlize Teles, nem o prefeito João Alves Filho garantiram que haveria a migração dos rodoviários para a nova empresa.
“Realmente a Fundat está cedendo a estrutura. Foi informado que todo o processo é com o Grupo Itamaracá, que se chamará Atalaia Transportes. E o que foi dito aos representantes dos rodoviários foi que a mão de obra dos motoristas é qualificada e pode ser aproveitada. Uma das prerrogativas para a empresa vir foi de que a mão de obra seja aproveitada. Não foi dada uma garantia de que haveria uma migração total”, afirma o assessor de Comunicação Flávio Vasconcelos.
Seleção
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Edileuza: "O acerto não foi esse"
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Indagado pela reportagem do Portal Infonet sobre a preocupação dos rodoviários, o diretor-presidente do Grupo Itamaracá, Alberto Menezes tranquilizou a categoria. "Na nossa seleção de rotina, sempre solicitamos exames médicos, alguma prova e dinâmica de grupo. Mas não é nada que ameace os trabalhadores. Isso serve também para conhecê-los até mesmo para possíveis promoções e remanejamentos", esclarece.
Por Aldaci de Souza
* A matéria foi atualizada às 15:57.