O destino da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) ainda não está definido. A Petrobas mantém a unidade de Laranjeiras em hibernação, com a produção paralisada, e a unidade da Bahia permanece em funcionamento amparada por decisão da Justiça Federal. Os Governos da Bahia e de Sergipe estão aliados neste quesito, decidiram unir peso político e continuam tentando convencer o Governo Federal a modificar a estratégia, considerando a importância destas unidades para o desenvolvimento econômico dos dois Estados nordestinos e, em especial, quanto à produção agrícola que depende de fertilizantes.
Na ótica do secretário José Augusto Carvalho, de Desenvolvimento Econômico de Sergipe, pouco há o que se fazer, a não ser aguardar os desdobramentos desta política do presidente da república, Jair Bolsonaro. Segundo o secretário José Augusto, três empresas continuam interessadas no arrendamento e uma quarta que demonstrou interesse no início não apresentou proposta. Há expectativa, segundo José Augusto, dos representantes das três empresas interessadas chegarem a Sergipe ainda neste mês para avaliar o empreendimento instalado no município de Laranjeiras.
O secretário sergipano informou que os Governos de Sergipe e da Bahia já estiveram reunidos com representantes dos Ministérios da Agricultura e de Minas e Energias. Nestes encontros, os Estados de Sergipe e Bahia apresentaram relatórios sobre a questão e tentaram convencê-los a manter ambos os empreendimentos funcionando. Mas ainda não obtiveram resposta, segundo José Augusto. “O Governo de Sergipe fez de tudo e mais um pouco par viabilizar a fábrica”, garante o secretário.
Oferta de gás
O problema maior, na ótica do secretário, está no preço do gás ofertado pela Petrobras para viabilizar o pretendido arrendamento das unidades. Em se tratando de incentivos que dependem do Estado de Sergipe e da Prefeitura de Laranjeiras, conforme o secretário, todas as alternativas apresentadas pelos grupos interessados foram atendidas. “Se reduziu IPTU, a Petrobras já tem incentivo do Governo e só paga 6,5% do ICMS devido. E o que o Estado pode fazer mais?”, questiona o secretário.
Na ótica de José Augusto, a decisão está nas mãos do Palácio do Planalto. Bastaria, conforme ressaltou, uma determinação do presidente Jair Bolsonaro e da equipe econômica para propor redução no preço do gás para viabilizar o arrendamento. “Eu sou duro nas reuniões e digo: a Petrobras tem que cuidar do povo brasileiro, que é o seu maior acionista”, ressaltou.
Desde a quinta-feira, 5, o Portal Infonet tenta ouvir a Petrobras sobre os desdobramentos da Fafen, mas ainda não obteve resposta. O Portal Infonet permanece à disposição. Informações podem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.
por Cassia Santana
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