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Obras da ponte podem ser paralisadas (Foto: ASN/Marco Vieira) |
As obras da ponte Gilberto Amado (ligando Estância a Indiaroba, através do povoados Porto do Cavalo e Terra Caída, respectivamente) poderão ser interrompidas por falta de recursos. Com cerca de 90% da obra concluída, a construção está orçada em R$ 119 milhões. Segundo informações da Secretaria de Estado da Infraestrutura, o Governo está sem receber os recursos do Governo Federal desde o mês de novembro do ano passado, o que teria provocado a demissão de cerca de 130 funcionários da empresa Heleno & Fonseca, contratados para executar a obra, segundo denúncia do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Terraplanagem, Pavimentação e Obras de Infraestrutura do Estado de Sergipe (Sintepav).
De acordo com informações do presidente do Sintepav, Albérico Santos Queiroz, a empresa já encaminhou o aviso prévio para os 130 dos cerca de 210 que trabalham naquele canteiro de obras, e anunciou que não disporia de recursos para pagamento das verbas rescisórias em função dos atrasos no pagamento do contrato.
Os trabalhadores estarão reunidos em assembleia geral na manhã desta quinta-feira, 9, no canteiro de obras na Terra Caída. Eles têm a perspectiva de serem transportados para Aracaju, onde pretendem acampar ou na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) ou na Secretaria de Estado da Infraestrutura, segundo informações do Sintepav. “O Sindicato está disposto a acatar qualquer decisão dos trabalhadores”, diz o presidente Albérico Queiroz.
A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Infraestrutura informou que o secretário Valmor Barbosa viajou na manhã desta quarta-feira, 8, para Brasília com o objetivo de ter audiência com representantes do Ministério do Turismo para debater a questão e solicitar a liberação imediata do restante das verbas para garantir a conclusão das obras. A perspectiva, segundo a Assessoria da Infraestrutura, é que o secretário tenha um encontro com o governador Marcelo Déda no Distrito Federal e, juntos, participar de audiência com o ministro Gastão Vieira, na busca de solução para o impasse.
A ponte possui 1.712 metros de comprimento e está sendo erguida por meio de parceria do Governo do Estado com o Governo Federal, a partir de investimento superior a R$ 119 milhões, com a contrapartida do Estado em valores superiores a R$ 12 milhões.
O representante da empresa, que não quer ser identificado, informou que a previsão é que haja 160 demissões, caso não haja regularidade no repasses dos recursos. O representante da empresa informa que as verbas estão em atraso por um período entre três e quatro meses, com um montante que pode atingir a casa dos R$ 20 milhões. No primeiro momento, as demissões atingirão a um contingente de 50% do número de trabalhadores previstos, mas nos próximos 15 dias, caso não haja regularidade, segundo o representante, a empresa poderá promover a demissão de 160.
Ele informa que, em caso dos repasses serem normalizados, os avisos prévios serão desconsiderados.
*A matéria foi alterado às 16h para acréscimo de informações relacionadas à empresa executora da obra
Por Cássia Santana
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